Com um novo passo da reabertura econômica a partir desta segunda-feira (17), mais de 90% das atividades do Estado estarão em funcionamento, estima o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceara, Maia Júnior.
Segundo ele, apenas as atividades que ainda geram aglomerações, como os eventos culturais e esportivos, além do turismo, ainda estão impossibilitados de retornar.
"O agronegócio, por ser essencial, não parou em momento nenhum. A indústria também não foi afetada dessa vez. Só aí estamos falando em torno de 23% da economia do Estado. O comércio, varejista e atacadista, está praticamente todo aberto, com restrição apenas no fluxo das pessoas", pontua o secretário.
Ele comenta que o Ceará segue apresentando bons sinais de recuperação econômica no primeiro quadrimestre do ano, mesmo com a segunda onda de contaminação e com as medidas restritivas. Maia ainda lembra que a abertura de empresas cresceu 27% entre janeiro e abril na comparação com o ano passado.
"Isso (aconteceu) mesmo janeiro e fevereiro de 2020 ainda sem pandemia, em um cenário melhor. Em um universo desse, você coloca de dois a quatro empregos gerados por empresa. Encerramos o ano passado tendo recuperado os postos perdidos e ainda com saldo positivo, que se manteve no primeiro trimestre", destaca.
Outros dados que indicam um cenário positivo para a recuperação, segundo o titular da Sedet, é a alta de 11% na movimentação de carga no Porto do Pecém entre janeiro e abril na comparação com o ano passado e o crescimento de 15% do consumo de energia elétrica.
Flexibilização regionalizada
A expansão da capacidade e do horário de funcionamento do comércio, de restaurantes e de academias a partir de segunda-feira (17) vale apenas para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e para a Região Norte, mantendo as condições anteriores para o restante do Estado.
Questionado sobre como fica a situação econômica no Interior com esse desalinhamento, Maia Júnior lembra que a atividade econômica do Ceará é cerca de 60% a 70% concentrada na RMF, o que acaba sendo um fator positivo nessas condições.
"Se estamos conseguindo flexibilizar mais na Região Metropolitana, que é onde tem a maior concentração de riquezas, acaba sendo melhor. No Interior agora precisamos trabalhar para que as condições permitam igualar essas diferenças e a economia de lá ir paulatinamente voltando também", afirma.