Com a utilização de mais recursos tecnológicos para solucionar problemas, Fortaleza deve avançar ainda mais no conceito de "smart city", ou cidade inteligente, nos próximos anos. O movimento, segundo o professor e presidente da Citinova, Cláudio Ricardo, se baseia no cenário de negócios que está sendo preparado na Capital cearense.
A perspectiva foi apresentada durante o painel "Fortaleza Cidade inteligente", realizado como parte da II Escola de Verão de Inteligência Artificial, que teve as operações de forma online em 2021.
Segundo o professor Ricardo, Fortaleza já vem apresentando bom desenvolvimento no modelo urbano que se utiliza da inovação e da sustentabilidade para proporcionar bem-estar às populações.
Ele lembra que a cidade saltou da 72ª posição para 29ª entre as cidades brasileiras no ranking Connected Smart Cities. O estudo elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, mapeia todos os 673 municípios com mais de 50 mil habitantes, com o objetivo de definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.
Esse movimento, avalia Cláudio Ricardo, foi impulsionado pelo ambiente de negócios desenvolvido pelo Poder Público e pelas iniciativas de instituições privadas focadas em melhorar o potencial empresarial no mercado local.
"Fortaleza tem avançado muito em questão de cidades com inteligência, modernizando a gestão publica, e a própria gestão da Citinova. Isso que existe aqui, poucas cidades têm. Fortaleza avançou muito o programa Fortaleza Digital, avançou na desburocratização e na facilidade do ambiente econômico, tudo sem papel, com consultas online. Na educação, muitos aplicativos que hoje circulam na cidade, como é o caso do 'Meu ônibus', o aplicativo mais saúde, são exemplos de como a tecnologia pode ser usada para facilitar a vida", disse.
Tendências
Contudo, o presidente da Citinova também comentou que as cidades inteligentes terão de estar atentas às novas tendências da economia, precisando estar conectadas com essas novas demandas no mercado. Um dos pontos apontados por Cláudio foi a relevância da economia criativa e do conceito de sustentabilidade, para garantir que não haja danos ambientais em novos projetos na capital cearense.
"As cidades inteligentes precisam levar em conta as novas economias, a criativa, a compartilhada, a circular como um pilar de sustentabilidade, para projetar como será a produção de rejeito para um insumo ou para outro, ter uma visão de sustentabilidade. Tudo isso nos leva a concluir que vivemos, sim, uma nova arquitetura social, com princípios como colaborar, criar, princípios absolutamente fundamentais, e isso vai exigir, de nós cidadãos, pragmatismo, agilidade, capacidade", disse.