Pandemia foi trampolim para transformação digital das empresas, diz especialista

Durante painel da 2ª Escola de Verão em Inteligência Artificial (IA), o sênior executive partner do Grupo Gartner, Nei Silvério, pontuou que a pandemia impulsionou setor privado e público a entrarem em maturidade digital e em IA

Escrito por Redação ,
Legenda: “A inteligência artificial e o aprendizado de máquina finalmente parecem estar prontos para o horário nobre no Brasil”, destaca Nei Silvério

A pandemia do coronavírus teve fortes impactos sobre a dinâmica de funcionamento das empresas em todo o mundo e um deles foi a aceleração da transformação digital.

O cenário adverso imposto pela propagação da doença “foi um trampolim para a transformação digital, um catalisador de desempenho para a maioria das empresas, porque elas relataram resultado positivo”, avaliou, hoje (29), Nei Silvério, sênior executive partner do Grupo Gartner e participante do primeiro painel da 2ª Escola de Verão em Inteligência Artificial, evento online que segue até sábado (30) com painéis que tratam do avanço da tecnologia no Ceará e no mundo.

O evento foi realizado, em parte, no HubCumbuco, equipamento na Praia do Cumbuco, em Caucaia. A participação nos painéis foi, porém, prioritariamente remota em decorrência da pandemia do coronavírus. O HubCumbuco é um projeto do Winds for Future.

Silvério reforça que a intenção de apostar na Inteligência Artificial entre as empresas ganhou muito mais destaque em 2020 na comparação com o ano de 2019, mas lamenta que há ainda “uma insegurança da indústria privada de se perceber os ganhos a partir da implementação de Inteligência Artificial”, diz Silvério.

“A inteligência artificial e o aprendizado de máquina finalmente parecem estar prontos para o horário nobre no Brasil”, destaca.

Ele exemplifica a importância dessa incorporação para otimizar processos em diversos setores da economia. Na Agricultura, por exemplo, a adoção de Inteligência Artificial permite essa otimização por meio de análises das condições climáticas, temperatura e uso da água, condições do solo e utilização de sementes híbridas, além do uso de IA para ampliar a qualidade e precisão da colheita.

“A Inteligência Artificial veio para ficar. Existe uma cautela do empresariado, mas ele percebe o valor que a IA traz para seus negócios”, diz Silvério.

Esfera governamental

Nei Silvério pontua que isso atingiu não só o setor privado, mas que a esfera governamental também captou essa necessidade de aceleração das transformações digitais. Ele citou, por exemplo, em âmbito estadual, o desenvolvimento de chatbot para auxiliar na disseminação de informações contra o coronavírus.

“A Inteligência Artificial se aplica aos setores do governo com automação robótica, adoção de chatbot e assistentes virtuais, que é uma evolução desse chatbot”, explica, citando ainda diagnósticos assistidos e análises de fraudes.

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“Três principais desafios para a adoção da Inteligência Artificial na esfera governamental são a carência na capacitação para entrar numa jornada dessa natureza, definição de uma estratégia e definição de casos de uso”, detalha Nei Silvério.

Painéis

Também ocorreram nesta sexta-feira os painéis “Projeto ‘Bora pra China’”; “Reuniões estratégicas com o ecossistema Colombiano, Português, Francês e Holandês” e “Intelligent Diagnosis System of Covid-19”.

Neste sábado (30), o evento abordará os temas: Fortaleza, cidade inteligente, investimentos públicos, investimentos privados e contará com pitchs (apresentações) de startups/empresas. Também estarão nos painéis à tarde os assuntos: IA nas empresas, centro de referência em IA na UFC, empreendedorismo e negócios e mostra de soluções em games, automação e IA.

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