O Governo Federal alcançou R$ 208,844 bilhões em arrecadação de impostos e contribuições federais no mês de junho, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (25). O valor é o maior desde 1995, sendo um recorde em comparação aos outros anos. A alta real, se descontada a inflação, foi de 1,02% na comparação com o resultado de junho de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 180,475 bilhões.
Já em relação ao mês de maio desde ano, que registrou arrecadação de R$ 202,979 bilhões, o aumento foi de 2,67%.
No primeiro semestre deste ano, a arrecadação federal somou R$ 1,298 trilhão. Segundo a Receita, esse é o melhor resultado para o período na série histórica. O montante representa um aumento real de 9,08% em relação aos seis primeiros meses de 2023.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, tinha antecipado alguns dados na última segunda-feira (22), durante a coletiva do 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
Melhora nos dados
O resultado das receitas veio acima da mediana de R$ 205,550 bilhões das expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. O dado ficou dentro do intervalo de estimativas, que ia de R$ 193,70 bilhões a R$ 218,20 bilhões.
Conforme o Fisco, a melhora no desempenho da arrecadação pode estar relacionado com:
- O retorno da tributação incidente sobre os combustíveis, havendo uma arrecadação atípica de aproximadamente R$ 2 bilhões em junho;
- Crescimento da arrecadação da Contribuição Previdenciária e do IRRF-Trabalho em função do crescimento da massa salarial;
- A alta de 10% da arrecadação do IRRF Capital em razão do desempenho dos títulos e fundos de renda fixa.
Além disso, foi citado a arrecadação referente ao regime de transição dos fundos exclusivos.