Fortaleza, RM e interior receberão R$ 439 milhões para obras de esgoto e distribuição de água

Na Capital, obras anunciadas pelo Governo devem ter “início imediato” e estão inclusas em pacote milionário de investimentos em esgotamento sanitário e distribuição de água.

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Foto: Fabiane de Paula

Fortaleza, cidades da Região Metropolitana e municípios do interior receberão R$ 439,2 milhões para obras de esgotamento sanitário e distribuição de água, conforme anunciado, na manhã desta quarta-feira (23), em live, pelo governador Camilo Santana. O investimento é financiado pelo Banco do Nordeste (BNB). Só para a Capital, serão R$ 300 milhões, aplicados em reformas da rede de esgoto, de estações de tratamento de água e na melhoria da distribuição do recurso hídrico.

Durante o anúncio, o governador Camilo Santana informou que "em Fortaleza, serão feitas ações em diversas localidades, como Pirambu, Praia de Iracema, Aldeota e outros bairros". O gestor afirma que o montante é um "investimento novo, além de todos os que o Governo do Estado e a Cagece têm feito". "Investir em saneamento é investir em saúde e na qualidade de vida da população", complementa.

“Nas avenidas Beira Mar e na Leste Oeste, temos dificuldades com grandes receptores. O investimento inclui a solução dessa problemática. Temos demanda antiga no Conjunto Palmeiras e Planalto Palmeiras, que também será resolvida, contemplando 100% das regiões, cerca de 46 mil habitantes”, estima Neuri Freitas, presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

Municípios como Maracanaú, Juazeiro do Norte, Milagres, Mauriti e Itapipoca também receberão parte dos recursos para as intervenções.

Outro pacote de intervenções, este com recursos da União e do Estado, destinará R$ 8,4 milhões a quatro bairros de uma das áreas mais pobres de Fortaleza para obras de saneamento básico, segundo o Governo do Ceará. De acordo com a gestão, serão realizadas 1.342 ligações domiciliares à rede de esgotamento sanitário nos bairros Passaré, Mata Galinha, Dias Macêdo e Castelão, na Regional VI. As obras devem ter “início imediato”.

De acordo com o prefeito Roberto Cláudio, “o investimento mexe com as populações mais vulneráveis, tira as pessoas da lama e impacta diretamente na saúde. Leito e hospital são muito importantes, mas tirar água e esgoto da porta de casa também previne problemas de saúde.”

Cenário

De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), com base em 2018, mais de 3,6 milhões de pessoas não possuem acesso à água no Ceará, o que corresponde a 41% da população. Outras 6,5 milhões não contam com coleta de esgoto, cerca de 74% da população. Os números foram compilados pelo Painel Saneamento, do Instituto Trata Brasil.

Na capital cearense, são 599.781 pessoas sem acesso à água tratada, e mais de 1,3 milhões sem coleta de esgoto – ou cerca de 50% da população, conforme levantamento do SNIS 2018, o mais recente divulgado sobre o assunto. Em novembro de 2019, a Cagece informou, em nota ao Sistema Verdes Mares, que “a cobertura de água em Fortaleza estava em 98,63%, e a de esgoto, em 62,39%”. 

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