Uso de máscara será obrigatório em Fortaleza até 2022 por causa de doenças sazonais, diz Sarto

Prefeito da Capital justificou que enfermidades do período chuvoso são transmitidas por gotículas

A obrigatoriedade do uso de máscara em Fortaleza poderá ser estendida até o próximo ano devido à presença da Covid-19 ainda na cidade e em função das doenças sazonais, como  Influenza A (H1N1), H3N2 e Influenza B, que acometem mais pessoas durante a quadra invernosa, segundo anunciou na manhã desta quarta-feira (27) o prefeito Sarto Nogueira. 

Em entrevista à Verdinha 810, do Sistema Verdes Mares, o chefe do Executivo municipal afirmou que“a tendência é manter” a exigência do item de proteção em 2022, apesar da desaceleração local dos casos e mortes de Covid-19.

“Aqui no Nordeste a gente tem algumas doenças chamadas sazonais, aquelas doenças que são do período chuvoso, que tem a H1N1. Tudo isso é transmitido por gotículas. Ao falar, você bota milhares [de gotículas] no ar. Eu acho que, nesse momento, a tendência é manter o uso de máscara eu imagino que até 2022, mas aí é uma coisa que vai ser monitorada”, afirmou Sarto.

Lideranças políticas e autoridades sanitárias ainda estão resistentes à flexibilização do uso da máscara. Até agora, apenas o Distrito Federal, que publicou decreto nessa terça-feira (26), e o Rio de Janeiro, que deve oficializar a norma nesta quarta-feira (27), já anunciaram o fim da exigência do item em espaços abertos.

No Ceará, o município de Nova Olinda, na Região do Cariri, chegou a divulgar a dispensa da máscara em locais públicos no último dia 6 de outubro. Contudo, a Prefeitura revogou o decreto no dia seguinte após uma ação do Ministério Público Estadual (MPCE). O órgão advertiu que se a gestão não retrocedesse na decisão, estaria sujeita à adoção "de todas as providências legais cabíveis".

Vacinação

Sobre o impasse na aplicação da segunda dose (D2) da AstraZeneca na Capital, alvo de reclamações do público que atingiu o prazo limite e não teve o nome incluso na lista de agendamento, Sarto Nogueira esclareceu que a situação será normalizada ainda nesta semana. 

O prefeito citou que os atrasos foram provocados por falta de repasse de imunizantes através do Ministério da Saúde.

"Houve o retardo da entrega por parte do ministério. O ministério avisa e libera e entrega para a Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria de Saúde e entrega para o município e ele já vem rotulado. Houve um atraso por parte do ministério e houve um pequeno atraso aqui na entrega", disse.

Réveillon

Quando questionado a respeito da possibilidade de haver festa pública no Aterro da Praia de Iracema para a chegada de 2022, o prefeito reiterou novamente que em caso de confirmação do evento, o público deverá apresentar o passaporte de vacinação.

"Se houver possibilidade de fazer o réveillon seguro, a primeira coisa que nós temos que fazer é o passaporte vacinal. Não é admissível que pessoas que tenham o livre arbítrio de decidir não se vacinar coloque em risco outra pessoa. Se ela quiser se colocar em risco, beleza, mas não pode é colocar em risco outras pessoas", pontuou.