Moradores do prédio residencial que desabou parcialmente na Rua Travessa Campo Grande, no Bairro Maraponga, relataram na madrugada deste domingo (2) os momentos de pavor com o desmoronamento parcial do edifício, ocorrido na tarde do sábado (1º). Alguns foram para as casas de familiares e amigos enquanto a situação deles e do imóvel é avaliada. O prédio está interditado, pois corre o risco de ruir completamente.
Todas as 16 famílias que moravam no local ficaram desalojadas. Outras 12 casas no entorno do edifício tiveram suas estruturas danificadas e também foram evacuadas.
O coordenador de logística Roberto Patriolino, morador do prédio, conta os momentos de pânico. "A primeira coluna quebrou, o prédio balançou, ficou fixa só nas demais colunas e aí a gente se evadiu o mais rápido possível", disse. Ele lamentou toda a situação, mas agradeçeu a Deus por estar vivo. "A gente saiu descendo as escadas, correndo e avisando pro pessoal que estava desabando e graças a Deus saí com vida. O barulho foi muito forte".
Emanuel de Freitas Duarte, fiscal da prefeitura que estava na casa da mãe, ao lado do prédio, conta que, por sorte, no momento do ocorrido a idosa não estava na residência. "O susto foi demais. Ela tem uma idade avançada, 84 anos, se ela estivesse na hora, ela poderia nem resistir. Ela já ficou sabendo e a reação dela foi mandar tirar o periquito lá do quintal", disse.
Outro morador, o montador Leonardo Rodrigues disse que vai ficar na casa do primo até que tudo se resolva e vai esperar a manifestação da Defesa Civil para saber o que fazer. "Não tem canto certo pra gente dizer onde vai passar a noite. Já coloquei umas coisinhas que tenho na casa do meu primo, mas o resto das coisas, vai demorar muito tempo para resolver. Ninguém sabe como é que vai ser. Vamos esperar a resposta da Defesa Civil", relatou.
Equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar estiveram presentes durante a noite deste sábado e madrugada do domingo dando apoio aos familiares e isolaram a área com uma faixa. De acordo com a assessoria da Defesa Civil, foram enviadas cestas básicas e colchonetes aos moradores. O órgão informou que todos ele receberão assistência da prefeitura.
Durante a noite, muitos curiosos foram até a rua para ver o que aconteceu. Alguns resolveram ajudar entregando sopa durante a noite.