O contrato para aquisição de três milhões de doses da vacina CoronaVac pelo Governo do Ceará deve ser assinado nesta segunda-feira (9). A informação foi compartilhada pelo secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto, em entrevista à Rádio Verdes Mares, neste domingo (8).
A compra direta será firmada com o Instituto Butantan, de São Paulo, que negocia a venda da vacina contra a Covid-19 do laboratório Sinovac, da China, no Brasil. Porém, Cabeto não informou data específica para que o Estado receba a encomenda.
As tratativas para a aquisição de doses extras foram informadas pelo governador Camilo Santana ainda em julho, devido à distribuição irregular de imunizantes por parte do Governo Federal, que administra o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Amanhã de manhã, devo estar assinando o contrato fora do PNI, num acordo com Sinovac e Butantan, de mais 3 milhões de doses extras. Também estamos trabalhando para trazer a Pfizer para a população abaixo de 18 anos. Se tudo caminhar como estamos imaginando, podemos chegar ao final de agosto com um percentual bem mais alto de vacinados, aí ficaríamos numa situação mais confortável.
Sem Sputnik
Havia expectativa de que o Ceará também utilizasse a vacina russa Sputnik V para complementar a campanha contra a Covid-19, mas o Consórcio Nordeste decidiu suspender a importação desse imunizante alegando limitações impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ao todo, estavam previstas 37 milhões de doses para compra, das quais 5,5 milhões seriam para o Ceará.
Alerta sobre a variante Delta
O secretário Dr. Cabeto ressaltou que o Ceará atravessa um momento epidemiológico mais confortável do que no início do ano. De cada 100 exames realizados, apenas 10 confirmam a infecção pela Covid-19. Além disso, a procura por assistência médica tem caído nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Porém, o secretário ressalta que ainda é preciso cautela devido à nova variante Delta, que já se mostrou mais transmissível. No Estado, já foram confirmados 15 casos.
“Nossas vacinas só defendem a população com a vacinação completa (duas doses). Quem tem só uma, a cobertura é em torno de 30%. Não temos ainda a garantia de que a variante Delta não possa causar um grande número de casos porque grande parte da população não está com o esquema completo”, alerta.
De acordo com o último Vacinômetro estadual divulgado, com o balanço até quinta-feira (5), foram aplicadas 3,99 milhões de primeiras doses (43,5% da população total); mais 1,6 milhões de segundas doses e 150 mil doses únicas (19% da população, somando as duas formas).