Casos suspeitos de nova variante do coronavírus saltam para 107 no Ceará

Já o número de confirmados com a nova cepa permanece em três, o mesmo registrado há 10 dias

Em meio ao cenário epidemiológico de alta transmissibilidade da Covid-19, o Ceará investiga 107 pacientes com suspeita de infecção pela nova variante do novo coronavírus, oriunda de Manaus. 

Do total de monitorados, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), 57 são homens e 50 mulheres. Além do perfil por gênero, a Pasta também detalhou que 71 deles, isto é, 66,36%, são viajantes e outros 36 (33,34%) contactantes.

Até esta quinta-feira (18), há a confirmação de três casos pertencentes à nova cepa do vírus. Estes mesmos diagnósticos foram informados pela Sesa há 10 dias, quando 90 notificações estavam sendo analisadas. 

Confirmação

Os casos com genoma específico da linhagem do novo vírus foram mapeados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará e no Amazonas por meio de sequenciamento total. 

Os três pacientes são homens com mais de 60 anos. A Sesa pondera que não há cronologia nas amostras confirmadas, ou seja, eles não necessariamente foram os primeiros a se contaminar com a nova variante. 

O titular da Sesa, Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto, chegou a afirmar que a identificação dos casos "chama atenção principalmente para o maior cuidado da popular", especialmente pelo indicativo de transmissão comunitária da variante. 

"É importante, mais uma vez, preservarmos os cuidados de termos mais restrições. Obedecer ao uso de máscara, não aglomerar, e principalmente, criar o movimento solidário de cuidar da vida do outro", alertou o secretário.

Como é a nova variante do coronavírus

A variante advém de uma mutação biológica do coronavírus ao nível do material genético, o que é comum na evolução dos vírus. Neles, existe uma região chamada de RNA, que forma uma sequência lógica — como se fosse uma frase — para que outros vírus sejam produzidos.

Caso esse RNA não seja copiado corretamente e apresente mudanças — como se a tal frase terminasse com outras palavras —, a falha se mantém e gera uma nova variante do agente infeccioso.