Carreata reivindica retorno das aulas presenciais em Fortaleza

De acordo com o último decreto do governo estadual, aulas presenciais ainda não estão autorizadas a retornar

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(Atualizado às 17:32)

Um grupo de educadores, representantes de associações de escolas e cursos particulares, além de pais de alunos, realizaram uma carreata, na tarde desta quinta-feira (20), para pedir o retorno das aulas presenciais em Fortaleza. De acordo com o último decreto do governo estadual, aulas presenciais ainda não estão autorizadas a retornar, bem como bares, shows e cinemas.

Conforme declarado pelo governador Camilo Santana no dia 1º de agosto, há previsão de volta das aulas presenciais no início do mês de setembro, a depender dos resultados dos próximos boletins epidemiológicos.

A concentração foi na Av. Lauro Vieira Chaves, no Bairro Vila União e percorreu avenidas importantes da capital como Av. 13 de Maio, Av. da Universidade. A manifestação passou em frente ao Paço Municipal, sede da prefeitura, e ao Palácio da Abolição, onde fica a sede do governo do estado. Por todo o trajeto houve buzinaços, uso de megafones e exibição de faixas, bandeiras e cartazes que diziam "pelo direito de escolha", "aulas práticas já" e "estamos prontos sim".

O professor José Ivan Rocha da Silva reforçou o pedido de conceder o direito de escolha aos pais a alunos, e afirmou que as escolas se prepararam ao longo desses cinco meses em que estiveram fechadas. 

"Estamos prontos porque já temos os nossos protocolos estipulados pela Secretaria da Saúde todos prontos. Tapete sanitizante, aferidor de temperatura infravermelho, espaçamento das cadeiras, a nossa escola está toda preparada. A gente tá pedindo, pelo menos, o direito de escolha ao senhor governador, pra que a gente possa exercer a nossa profissão, se não a gente vai acabar perdendo o nosso emprego", enfatiza.

Andrea Nogueira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe) explica que, mesmo com o retorno das aulas, haverá a opção dos pais pelo ensino remoto. 

"A família e os pais têm o direito de escolha. Aquela família que quiser permanecer em sua residência, com ensino remoto, isso será oferecido. Agora, aquela família que necessita e conta com essa retomada, tendo em vista que já voltou ao trabalho, que seu filho já está necessitando dessa retomada por uma questão de saúde mental, então as escolas já estão prontas, oferecendo um ensino híbrido, de forma escalonada", garante. 

Cursos temem fechar definitivamente

Um dos segmentos que também busca o retorno das atividades presenciais é o dos cursos preparatórios e de línguas, dos quais o professor Walter Rocha faz parte. Segundo ele, caso não haja o retorno já no próximo mês de setembro, 70% das instituições irão fechar as portas definitivamente. 

"Os cursos livres aqui de Fortaleza estão aqui, reivindicando do governador liberar nossas empresas. 70% dos cursos livres de Fortaleza, se não abrirem agora em setembro, quebrarão. São vários alunos querendo voltar, nossos alunos são adultos, já estão na rua, trabalhando, e o governo não deixa a gente abrir nossas escolas, nossas instituições de ensino e de treinamento", disse.