Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta sexta-feira (14), o governador Camilo Santana recomendou que as escolas no Estado com alunos de até 11 anos, com início do ano letivo previsto para a próxima segunda-feira (17), adiem o começo das aulas por 15 dias.
O período estipulado, segundo Camilo, é para que haja uma melhor avaliação do cenário epidemiológico atual, em razão da alta transmissão da variante ômicron do coronavírus.
A reportagem apurou junto ao Governo que a recomendação também pode impactar creches, já que é válida para todas as unidades de ensino até os 11 anos de idade.
Os 15 dias começam a contar a partir da próxima segunda-feira (17). Com isso, a retomada das aulas presenciais para crianças deve ser adiada para o dia 31 de janeiro.
"Isso porque esse é um público ainda não vacinado, que já vamos iniciar a vacinação amanhã (15/01), e nos dar tempo, uma maior segurança para que essas crianças possam estar presencialmente nas escolas", disse o governador.
A decisão, no entanto, deve ser compartilhada entre as escolas, pais e responsáveis pelos estudantes, ainda segundo Camilo, "para que definam, inclusive, o modelo dessa retomada, se vai ser híbrida, remota ou presencial", acrescenta.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe) disse que irá aguardar a divulgação do decreto para se posicionar sobre a recomendação. A Secretaria Municipal de Educação (SMS), por sua vez, informa que o início das aulas nas escolas municipais só deve acontecer no mês de fevereiro.
Por se tratar de uma recomendação, o Governo destaca que não haverá punição aos estabelecimentos que decidirem manter a retomada presencial das crianças.
As novas medidas de prevenção da Covid-19 no Estado foram anunciadas após a última reunião do Comitê de Enfrentamento à Pandemia.
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Estádios de Futebol
O novo decreto também reduziu de 80% para 30% a capacidade de público nos estádios de futebol do Ceará até 5 de fevereiro. Com o recuo, os equipamentos voltam ao mesmo percentual de público liberado em outubro do ano passado, quando o Estado dava continuidade ao processo de flexibilização do isolamento social.
Também passará a ser obrigatório o uso da máscara de proteção N95 ou similar por trabalhadores dos estabelecimentos considerados mais vulneráveis ao contágio por síndromes respiratórias, como escolas, supermercados e farmácias.
Devido ao aumento da pressão assistencial na rede pública de saúde, o chefe do Executivo informou também que vai anunciar, na próxima semana, detalhes referentes a um apoio financeiro que será concedido aos municípios. Os recursos devem beneficiar todos os 184 municípios.