O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para o dia 20 de março o julgamento do caso envolvendo o ex-jogador Robinho, condenado na Itália por estupro. Em 2017 o brasileiro recebeu uma sentença de nove anos de prisão, decisão essa que só passou para a segunda instância no ano de 2020.
A Justiça da Itália havia solicitado a extradição de Robinho, para que o mesmo cumprisse a pena no país, mas o Brasil não realiza esse processo com seus cidadãos. Neste caso, o país da Europa solicitou que a pena fosse cumprida em terras brasileiras.
Com isso, a Corte Especial do STJ deve examinar o caso e avaliar a prisão do brasileiro. A expectativa é que o relator do processo, Francisco Falcão, vote pelo cumprimento da pena de Robinho e os demais 15 ministros, sigam a decisão.
Relembre o caso:
Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu na Sio Café, conhecida boate de Milão, em 22 de janeiro de 2013. Na época, Robinho atuava como um dos principais atletas do Milan. Além dele e do amigo, outros quatro brasileiros participaram da violência sexual contra a vítima.
Na data, a jovem de origem albanesa foi ao local para comemorar o aniversário de 23 anos e foi atacada pelo grupo no camarim. No fim desta semana, ela completará 32 anos.
Conforme o Ministério Público, os brasileiros teriam embriagado a jovem e a violentado sexualmente diversas vezes. A defesa do jogador, na época, afirmou que não existem provas de que a relação foi sem consentimento.
A acusação foi baseada no depoimento da vítima e em conversas telefônicas interceptadas do grupo de suspeitos, com comentários pejorativos sobre o ocorrido.