Após recuperação de delicada cirurgia na cabeça, neste mês de novembro, o craque Maradona concedeu a última entrevista da vida ao jornal argentino Clarín, em razaão da comemoração de 60 anos de vida. Nela, Diego fez balanço da vida e da carreira como jogador de futebol.
"Eu fui e estou muito feliz. O futebol me deu tudo o que tenho, mais do que jamais imaginei. E se eu não tivesse esse vício, poderia ter jogado muito mais. Mas hoje isso passou, estou bem e o que mais lamento é não ter meus pais. Sempre faço esse desejo, mais um dia com a Tota mas sei que do céu ela se orgulha de mim e que ficou muito feliz", disse.
Maradona se mostrou preocupado com a Argentina no contexto da pandemia. Lembrou de quando passou fome e como esse problema poderia estar, novamente, afetando a vida das pessoas.
"Fico muito triste quando vejo crianças que não têm o que comer, sei o que é passar fome, sei o que é sentir quando não se come há vários dias e isso não pode acontecer no meu país. Esse é o meu desejo, ver os argentinos felizes, com trabalho e comendo todos os dias".
Na entrevista, Maradona também demonstrou medo de que as pessoas lhe esquecessem ou que lhe amassem menos em razão de não estar mais em evidência.
"Eu serei eternamente grato ao povo. A cada dia me surpreendem, o que vivi nessa volta ao futebol argentino jamais esquecerei. Excedeu o que eu poderia imaginar. Porque estive fora por muito tempo e às vezes você se pergunta se as pessoas ainda vão me amar, se continuarão a sentir o mesmo ... Quando entrei em campo em Gimnasia no dia da apresentação senti que o amor pelas pessoas nunca vai acabar".
Segundo o jornal Clarín, Maradona faleceu em virtude de um mal súbito. Estava na cidade de Tigre, na Argentina, e tinha 60 anos.