Luísa Sonza disse à Vogue, em entrevista publicada nesta segunda-feira (18), que, se tivesse pensado bem, não teria lançado "Chico", a música de seu novo álbum, "Escândalo Íntimo", que figura entre as mais tocadas do Brasil no Spotify. Dedicada ao atual namorado, Chico Veiga, a canção expôs demais um relacionamento ainda precoce.
"'Chico' é algo extremamente íntimo. E, se eu parar para pensar, não faria, não teria coragem de me expor dessa maneira. Só me exponho porque não penso. Colocar no álbum uma música para um cara que acabei de conhecer… Racionalmente, não faria. Mas, só vou lá e faço. Depois, penso: 'Meu Deus… Essa música, antes de ser sobre qualquer outra pessoa, é sobre mim e meus sentimentos", desabafou a cantora à revista.
Questionada pela reportagem, Luísa também comentou sobre a fragilidade de sua saúde emocional no momento. "Ninguém entende nossa complexidade totalmente. Alguém sabe como eu sou no meu íntimo? Tiram conclusões a partir da narrativa que criam sobre mim. Fracasso e sucesso são grandes impostores; trabalho constante é o que vai te manter ou não na carreira. Há momentos que estou bem, outros em que preciso de ajuda. Lido melhor, mas a depressão e a crise de pânico não saem", falou. "Hoje, estou bem, porém, amanhã posso cair de novo, ter um ataque de pânico. Sinto que sou mais fraca atualmente. Mais novinha, não sabia a dor da pancada e ia", continuou a artista.
Além disso, a intérprete de "Campo de Morango" afirmou que utiliza seus álbuns como um processo terapêutico. Ela lembrou o início da carreira, quando era casada com o influenciador digital e humorista Whindersson Nunes. "Eu era uma garota que sempre cantou, que fez parte dez anos de uma banda que tocava em casamentos. Essa história foi perdida e criaram uma nova para mim. Me transformaram na mulher de alguém, me chamaram de puta e vagabunda, me acusaram de ser uma cantora ruim. Por muitos anos, estraçalharam minha narrativa. Eu tinha mais haters do que fãs. Com meu novo álbum, volto a olhar para mim", ela garantiu.
'Escândalo íntimo'
À Vogue, Luísa disse ainda que, diferentemente do disco "Doce 22", que abordou os ataques sofridos por ela nos últimos anos, "Escândalo íntimo" apresenta uma versão sua "de dentro para fora". "Às vezes, influências externas tomam todo o espaço. E o que fiz foi abrir as portas do meu interior, mostrar os meus sentimentos", contou.
Além disso, ela comentou que, no novo álbum, relembrou raízes e referências, "o que eu gostava de cantar sem pensar em uma estratégia". "Finalmente, estou pensando sem amarras. Não necessito provar mais nada a ninguém. Livre artisticamente, estou menos presa. Não sou a mulher de alguém. Agora, posso mostrar uma fragilidade. Se tivesse feito isso antes, estaria em uma situação diferente hoje. Podia fazer a música mais linda que não conseguiria colocar o 'Escândalo íntimo' no lugar em que se encontra", desabafou.