Fabi Claudino, capitã do time de vôlei feminino do Osasco, mesmo clube que Key Alves é contratada, usou o Instagram, na quinta-feira (23), para defender Fred Nicácio.
“Quantas vezes vimos e ouvimos que o BBB nada mais é do que reflexo da vida. Reflexo de uma sociedade doente, racista e que muitas vezes finge se importar com seus erros, mas, na verdade, não estão nem aí. Fred foi didático, firme e apontou onde sua dor vem doendo. A dor dele, da Tina, Aline, Sarah, Domitila, Alface, Camila, João e mais e mais pretos do BBB, é a dor de todos nós, povo preto”, escreveu a atleta.
“Ser racista e ainda por cima, fingir que não entendeu, respondendo com caras e bocas e ironia, é constatar que empatia, falta e respeito não existe! E mais uma vez a sociedade vai ser conivente, em nome do entretenimento, que, na verdade, é racismo religioso ou racismo recreativo. O entretenimento tem sido servir a cabeça do preto, como prato principal em um eterno jantar de chacota e humilhação”, acrescentou.
Racismo religioso
Na Casa do Reencontro, Fred Nicácio confrontou Key, Gustavo e Cristian sobre o episódio de racismo religioso que aconteceu dentro do BBB 23, antes deles serem eliminados. O médico ainda afirmou que irá processá-los.
O trio pediu desculpas ao brother, mas a jogadora de vôlei não achou que o ato foi racista. “Entendo, te peço muitas desculpas mesmo. O que a gente fez foi erradíssimo. Te peço perdão real de tudo que aconteceu. Mas, racismo a gente não praticou. Porque poderia ser qualquer outra pessoa. Não é porque você é negro, não é nada disso. As coisas tão indo para outro rumo. Você pode falar que a gente foi intolerante, de que a gente falou da religião, ok. Isso a gente tá pedindo desculpa. Sempre vi isso como uma coisa errada. Eu vim de uma criação errada que isso era errado. Mas falar que a gente é racista é outro nível. Porque poderia ser qualquer outra pessoa. Porque não é porque você é negro. Minha família é negra”, chegou a dizer ela.