A diretora Sophia Nahli Allison fez coro às acusações de assédio contra a cantora Lizzo, reveladas em processo aberto por três ex-dançarinas da artista nesta terça-feira (1º).
Sophia revelou em seu perfil do Instagram que, em 2019, viajou para dirigir o documentário sobre a vida de Lizzo. A diretora abandonou o projeto em duas semanas, no entanto, porque foi tratada "com desrespeito".
"Eu testemunhei o quão arrogante, egoísta e cruel ela é. Eu não me sentia protegida e fui jogada em uma situação horrível com pouco suporte. Meu espírito disse para correr o máximo possível e eu estou tão grata de ter confiando na minha intuição", disse Allison.
A diretora disse que percebeu o risco da situação ao ler os relatos das dançarinas de Lizzo e lamentou que o "abuso de poder acontece com frequência".
"Eu me senti manipulada e foi muito doloroso. Mas eu me recuperei", ressaltou Sophia. O documentário 'Com Amor, Lizzo' foi lançado em novembro de 2022, com direção de Doug Pray.
Processo movido por dançarinas
O processo aberto por três dançarinas que trabalharam com Lizzo acusam a cantora de assédio sexual e de criar um ambiente de trabalho hostil. A produtora líder da equipe de dança da artista, Shirlene Quigley, também é ré no processo.
Segundo as denúncias, Lizzo teria pedido para um deles a tocar em um artista nu em uma boate em Amsterdã, na Holanda; de submetê-los a um ensaio "excruciante" após falsas acusações de beber no trabalho; e ainda de reclamar por uma bailarina ter ganhado peso e demiti-la em seguida.
O advogado dos bailarinos, Ron Zambrano, disse que a artista hipócrita, uma vez que ela é apoiadora do movimento 'body positvity', mas, na prática, faz comentários preconceituosos.