A insuficiência cardíaca, responsável pela morte da atriz Claudia Jimenez, aos 63 anos, na manhã do último sábado (20), é a doença que mais provoca a internação e reinternação de pacientes ao redor do mundo, segundo o diretor geral do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Carlos Scherr. As informações são do jornal O Globo.
Claudia já havia passado por três cirurgias no coração, que ficou enfraquecido por conta de uma terapia para tratar de um câncer no tórax, em 1986. A artista colocou cinco pontes de safena em 2009, após infartar. Em 2012, passou por um procedimento de substituição da válvula aórtica e precisou colocar quatro stents. Dois anos mais tarde, sofreu uma parada cardíaca e teve um marca-passo.
Embora não tenha atuado no tratamento da atriz, o cardiologista lembrou ter sido procurado pela cantora Zélia Duncan, que pediu uma opinião médica sobre o caso clínico da amiga.
'Coração morre'
"Quando o paciente infarta, uma parte do músculo do coração morre. É uma zona que não se recupera mais, como uma cicatriz, e, dependendo do tamanho, prejudica o funcionamento do coração, diminuindo o poder de bombeamento", explicou Scherr.
Atualmente, diz o médico, há aparelhos e remédios que dão uma qualidade de vida melhor aos pacientes. No entanto, esses mecanismos podem perder a eficiência ao longo do tempo.
"Chega um momento que não são suficientes para manter o coração funcionando adequadamente, podendo levar à morte por insuficiência cardíaca ou arritmia. O fato é que a insuficiência é o que mais faz com que pacientes sejam internados e reinternados no mundo", complementou.