A streamer cearense Samira Close participou do The Game Awards 2021, na noite desta quinta-feira (9). Ela apareceu em vídeo da plataforma Facebook Gaming ao lado da influencer Deere.
Em depoimento, Samira Close falou da trajetória como streamer e as motivações em representar a comunidade LGBTQIA+ no mundo gamer.
Assista:
“Foi uma espécie de escape. Quando eu encontrei os jogos, quando eu comecei a jogar, eu acabei criando ali o meu espaço, criando ali o meu mundo […] Foi daí que eu conheci o serviço de streaming, e eu senti muito essa necessidade de atribuir para a minha comunidade coisas que eu não via, sabe? Essa visibilidade, eu não me enxergava nas coisas que eu assistia, eu como uma pessoa LGBT”, disse a gamer cearense.
Samira Close é uma das drags pioneiras do mundo gamer. De barba e lace, ela faz transmissões diárias. Como boa cearense, ela usa do bom humor para derrubar barreiras nos jogos.
Quem é Samira Close?
Filha de mãe solo e evangélica, Samira Close não conseguiu vencer na vida de forma fácil. Antes de ser streamer, trabalhou como costureira e operadora de telemarketing.
"Comecei a trabalhar muito cedo. Sou filho de mãe sozinha que teve que criar filhos. Por volta de 12 a 13 anos, aprendi a costurar. Com 14, já atuava profissionalmente. Vivia com um monte de mulher, com as velhinhas, pra poder pegar uma grana e colocar em casa. A cara do pessoal de Fortaleza, as 'bicha' tudo costurando", declarou Samira Close em entrevista ao Diário do Nordeste.
Da infância à adolescência, Samira Close conseguia ainda tempo para ir a locadoras - locais famosos nos anos 1990 e 2000 no Ceará. "Vivia em locadora. Daquele jeito, R$0,25 dava meia hora. Já R$0,50, uma hora. Na favela, as locadoras bombavam. Jogava Bomberman, Crush Bandicoot, Mortal Kombat, sempre fui nessa linha. Até conhecer os jogos de computadores".