A Universidade Federal do Ceará (UFC) regulamentou, na última semana, a adoção de cotas nos processos seletivos de mestrado e dourado.
A política afirmativa busca promover maior inclusão de pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência na carreira acadêmica.
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFC aprovou, na terça-feira (11), resolução que estabelece que até 50% das vagas de cada edital de mestrado e doutorado possam ser destinadas a cotistas.
A reserva de vagas será aplicada quando o número de vagas oferecidas para cada área do conhecimento ou área temática definida no edital for igual ou superior a dez. Na hipótese de quantitativo fracionado, será arredondado.
Atualmente, 11 programas de pós-graduação trabalham com cotas em seus editais: Antropologia, Artes, Comunicação, Educação Física (profissional), Gastronomia, História, Ensino de História (profissional), Saúde da Família (profissional), Saúde Pública, Psicologia e Educação.
Cotas na pós-graduação
Nos processos seletivos em que forem adotadas cotas, os candidatos negros, quilombolas, indígenas e com deficiência que desejarem concorrer nessa modalidade devem apresentar autodeclaração, confirmando sua identidade étnico-racial.
Em caso de denúncia por suspeita de autodeclaração falsa, uma comissão de heteroidentificação instituída pelo PPG será consultada e emitirá parecer conclusivo
Ao contrário do que ocorre na graduação, a instituição de cotas na pós-graduação não é obrigatória por lei.
A resolução aprovada pelo CEPE estabelece a criação de um grupo de trabalho permanente para disseminar a importância das políticas afirmativas, sensibilizando as coordenações de outros programas.