Embora beneficie todo o público estudantil do Município, a criação do passe livre em Fortaleza não irá inviabilizar a continuidade do serviço de transporte escolar prestado pela Prefeitura de Fortaleza, caso o projeto de lei enviado à Câmara Municipal seja apreciado sem mudanças. A informação foi confirmada pela própria administração pública ao Diário do Nordeste nesta quarta-feira (27).
Pelo que esclareceu a gestão, as duas políticas têm direcionamentos distintos, uma vez que a demanda suprida por ônibus escolares é diferente daquela dos estudante usuários do transporte público. Com a aprovação do projeto, será possível ter duas passagens para ir e voltar ao local de estudo.
Dados informados pelo Executivo municipal indicam que o custo mensal para manter a oferta do transporte escolar é de aproximadamente R$ 1,3 milhão. Com isso, o investimento anual para manutenção dos ônibus em questão é superior aos R$ 15 milhões.
Em contrapartida, outros R$ 23,1 milhões serão desembolsados por ano para promover a isenção do pagamento de tarifa para os alunos na utilização do sistema de coletivos da Capital. A previsão, como consta no projeto de lei que tramita na Câmara Municipal, é de que 350 mil pessoas sejam beneficiadas com a medida.
Dentre as regras estipuladas estão a de que a gratuidade só valerá para os dias letivos, conforme o calendário estabelecido pelas instituições de ensino, e a de que os usuários que ultrapassarem o limite de créditos diário poderão usufruir do benefício da meia-passagem.