Governo Federal fará nova proposta a professores que estão em greve, afirma Lula

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos é a pasta responsável pelas negociações

A ministra Esther Dweck, titular do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, fará uma nova proposta aos professores dos institutos e universidades que estão em greve. A informação foi revelada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Verdinha FM 92.5, na manhã desta terça-feira (7), durante o programa Bom Dia, Presidente.

“Ontem tive uma conversa com a ministra Ester (Dweck) e ela me disse que hoje estava elaborando uma proposta para fazer aos sindicatos dos professores. Espero que a gente faça um acordo mais rápido possível porque a educação é imprescindível para o crescimento do país”, pontuou o chefe do Executivo federal durante o jornalístico veiculado pelo Canal Gov. 

Segundo Lula, as negociações estão sendo tocadas pela chefe da pasta em parceria com o secretário de Relações de Trabalho, o ex-vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Lopez Feijóo. “Então, tá todo mundo querendo negociar”, considerou o petista ao falar sobre o assunto.

Ainda de acordo com o presidente da República, o que se discute atualmente é “um acordo possível”. “É sempre possível encontrar um número que você possa, se não satisfazer 100% as pessoas, mas atender”, ponderou, ressaltando que o percentual de recomposição a ser colocado sobre a mesa depende da disponibilidade de recursos. 

O movimento paredista realizado por docentes da rede federal de ensino começou no último dia 15 de abril. Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que reúne a maioria das entidades que representam a categoria, a paralisação já ocorre em 47 instituições de diferentes regiões do Brasil. 

Uma agenda de mobilizações foi montada pelo comando de greve e, pelo que indicou o cronograma, na próxima segunda-feira (13), uma nova mesa será realizada com representantes da administração pública. O Andes-SN reivindica um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06%, aplicado nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026.

A última proposta apresentada pelo Governo Federal à categoria previa que não houvesse um reajuste nos salários ainda este ano, de modo que fosse aplicado um aumento apenas nos auxílios alimentação, saúde e creche, fosse implementado 9% de reajuste no próximo ano e 3,5% em 2026. Ela foi rejeitada pela Andes-SN.

Outra frente de negociação está sendo tocada pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes). A entidade também defende que haja uma recomposição ainda este ano. Na contraproposta mais recente, divulgada na terça-feira (30), foi sugerido um aumento gradual: de 3,5% em 2024, 9,5% em 2025 e 4% em 2026.