Fundação Araripe lança projeto de recuperação ambiental, em Juazeiro do Norte

Lançamento do projeto, que tem o apoio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), contou com plantio de mudas e distribuição de itens produzidos por famílias agricultoras

Utilizando a Estação do Teleférico Monsenhor Murilo de Sá Barreto como palco, a Fundação Araripe lançou, na manhã dessa sexta-feira (24), o projeto Pomares da Caatinga, em Juazeiro do Norte. A iniciativa visa a criação de ambientes de produção e recuperação ambiental.

O evento foi apoiado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e recebeu nomes revelantes para a preservação da natureza cearense, como Vilma Freire, secretária de Meio Ambiente do Estado do Ceará, e Genilda Ribeiro, secretária de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte.

Sobre a importância do projeto, o coordenador da Fundação Araripe e do Projeto Pomares da Caatinga, Franscisco Campello, declarou que a iniciativa impactará a região, fortalecendo as atividades produtivas das comunidades rurais.

"O projeto foi pensado de forma a não deixar as pessoas, as famílias, de fora do processo. Então, a gente vai associar a proteção ambiental à necessidade socioeconômica das famílias" destacou.

Ainda de acordo com Campello, a ação priorizará as restaurações em áreas protegidas, em ambientes estratégicos para a sociedade, como nascentes que garantam segurança hídrica, e em áreas degradadas.

Além do coordenador, Vilma Freire também falou sobre a empreitada: "O Projeto Pomares da Caatinga pretende plantar 500 mil mudas de plantas nativas da Caatinga em uma área de transição com o Cerrado. [...] Toda ação tem como resultado o sequestro de carbono, e contará com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente, já que a questão da mudança climática é uma das prioridades da nossa secretaria e para o Ceará".

Na ocasião, ainda foram distribuidas, aos convidados, pequenas cestas com produtos oriundos da Caatinga, como cosméticos, biscoitos e mel. Todos os itens foram produzidos por familias agricultoras acompanhadas pela Fundação Araripe.

Finalizando o lançamento, os presentes puderam participar de um plantio simbólico de mudas, ato iniciou as ações de reflorestamento da iniciativa.

CONHEÇA O PROJETO

Tendo a criação de ambientes de produção e recuperação ambiental como principal objetivo, o Pomares da Caatinga, através de um Arranjo Produtivo Local (APL), produzirá mudas e comercializará produtos fabricados a partir de espécies importantes para famílias produtoras que participarem do projeto.

A ação ainda pretende recuperar nascentes e áreas de vegetação nativa da Chapada do Araripe e da mesorregião do sertão pernambucano.

Iniciado em janeiro, o Pomares da Caatinga durará 36 meses, e deverá estruturar viveiros florestais, que produzirão 500 mil mudas de espécies nativas.

O projeto está presente em 6 munícipios do Ceará, próximos à Chapada do Araripe, e em 4 do sertão pernambucano, beneficiando, por enquanto, 13 comunidades