A Prefeitura de Fortaleza anunciou, nesta quinta-feira (13), que a cidade deve ganhar 16 novos postos de saúde. A medida é uma das que devem integrar pacote de iniciativas para melhoria dos serviços de saúde pública, detalhado neste aniversário de 297 anos da Capital.
Em entrevista ao Diário do Nordeste nesta manhã, o prefeito José Sarto (PDT) havia anunciado a construção de oito postos, no entanto, de acordo com o pacote de investimentos divulgado posteriormente pela Prefeitura, o correto é que serão construídas 16 unidades. O início das obras está previsto para o segundo semestre de 2023.
Dentre as principais ações divulgadas para a atenção básica de saúde, estão:
- Construção de 16 novos postos de saúde;
- Reforma de 96 postos;
- Requalificação total de 8 postos;
- 4 novos CAPS (2 infantis e 2 gerais);
- Reestruturação das 6 UPAs municipais;
- 9 novas farmácias polo;
- Chamamento de médicos para compor a Atenção Primária à Saúde.
O Município conta com 118 unidades de saúde do tipo, conforme o prefeito. Com o acréscimo, a população passará a dispor de 134 postos para atendimento de saúde básica.
Sarto esclareceu que os novos equipamentos serão instalados em áreas da Cidade que possuem maior densidade demográfica, ou seja, em regiões onde há mais moradores, mas não detalhou que locais serão esses.
"Tem regiões que são muito densas e que só tem um posto de saúde, e precisaria de dois. Então, estamos fazendo esse levantamento da densidade, da necessidade e da disponibilidade de terreno", explicou Sarto em entrevista ao Diário do Nordeste.
Incentivo a médicos e ampliação de farmácias
Outra prioridade da Administração é resolver a falta de médico e de medicamentos nas unidades da rede pública de saúde de Fortaleza. Segundo Sarto, a estratégia que deve ser adotada para auxiliar na redução da evasão de profissionais da saúde será o incentivo a permanência, além da ampliação da oferta de mão-de-obra.
De acordo com o pacote de investimentos, haverá a convocação de 89 novos médicos.
Em relação à ausência de remédios, ele explicou que das drogas que estão em falta na Capital, 13 delas — usadas no tratamento de transtornos mentais — estão em falta no mercado devido à alta demanda. Já a carência de substâncias de uso contínuo, justificou que estaria sendo provocada pelo aumento imprevisto do número de pacientes novos.
Então, para sanar esse problema, o prefeito afirmou que a cidade deve implantar 9 novas farmácias polo distribuídas nos postos de saúde — unidades responsáveis pela dispensação de medicamentos especializados.
Concurso público e novos CAPS
Além do aumento do número de postos de saúde, o prefeito já havia detalhado ao Diário do Nordeste que o pacote deve prever a construção de quatro novos Centros de Assistência Psicossocial (CAPs) — sendo dois para adultos e dois para o público infantil — e a abertura de um edital de concurso de 15 psiquiatras para o Instituto Dr. José Frota (IJF).
A Rede de Atenção Psicossocial atual possui 15 CAPs, sendo seis gerais, sete especializados em álcool e drogas e dois infantis. Os centros funcionam de segunda a sexta para atendimentos de pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos.
A estrutura possui uma alta demanda de atendimentos, e pessoas de diversos bairros da Cidade ficam descobertas desse tipo de assistência. Quem consegue acaba passando muito tempo na fila de espera.
Somente neste ano, devem ser investidos cerca de R$ 400 milhões em melhorias do sistema de saúde da Capital, conforme detalhou o prefeito à TV Verdes Mares.
Viu alguma situação que pode virar notícia? Ou tem alguma sugestão de pauta? Fale com a gente pelo WhatsApp do Diário do Nordeste.