Sair de casa em dia de chuva, enfrentar percalços e gastar preciosos minutos a mais no trânsito. Com as precipitações que banham Fortaleza com intensidade, nos últimos dias, a realidade é essa. As boas chuvas acentuam velhos dilemas. Um deles: os congestionamentos. Na segunda (28) e terça-feira (29), problemas em pontos de grande fluxo, geraram aumento no tempo gasto no percurso de viagem.
Estimativas da TomTom Traffic Index, empresa de monitoramento de tráfego e tecnologia de localização, apontam que o nível de engarrafamento em Fortaleza causou viagens até 44% mais demoradas do que a média já observada no histórico. Os dados são divulgados publicamente pela empresa e foram compilados pelo Diário do Nordeste.
Segunda-feira (28), conforme o monitoramento da TomTom Traffic Index, teve o maior nível de congestionamento em Fortaleza nos últimos 7 dias.
O pico do engarrafamento foi às 8h, com o índice de 44%. Isso significa que o tempo de viagem, nesse horário foram 44% mais longos na Capital do que a média registrada nesse mesmo dia e horário em 2021.
Tempo de viagem
Na prática, o impacto pode ser transformado em tempo de viagem através do seguinte cálculo, segundo a TomTom Traffic Index:
- 10 minutos de tempo de viagem, com os congestionamentos, viraram cerca de 15 minutos
0,44 x 10= 4,4 minutos de tempo extra no trânsito;
- 30 minutos de tempo de viagem, com os congestionamentos, viraram 43 minutos
0,44 x 30= 13,2 minutos de tempo extra no trânsito
- 60 minutos de tempo de viagem, com os congestionamentos, viraram 1h26 minutos
0,44 x 60= 26,4 minutos de tempo extra no trânsito
Nesta terça-feira (29), por volta das 8h a taxa de congestionamento era de 41% na Capital. A segunda maior taxa de engarrafamento nos últimos 7 dias. Isso significa que as viagens ficaram, nesta terça, 41% mas demoradas. Para mensurar o tempo extra gasto no trânsito, o cálculo segue a mesma lógica da situação mencionada anteriormente.
Os índices levam em conta a referência do que foi registrado naquele horário e dia do ano anterior. Assim é possível analisar se o congestionamento está maior ou menor no período atual.
Pelos dados disponibilizados pela TomTom Traffic Index, trechos de avenidas como: Mister Hull, BR-116, Engenheiro Santana Júnior, Raul Barbosa e Treze de Maio, são as que tem o maior atraso no tráfego no atual momento.
A empresa de tecnologia de localização cobre 404 cidades em 58 países em 6 continentes. No Brasil, além de Fortaleza, a TomTom Traffic Index monitora e disponibiliza dados de mais 7 cidades: Salvador, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília.
Maiores chuvas do ano
Por dois dias seguidos Fortaleza tem registrado índices elevados de chuva. Nesta terça-feira (29), segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a cidade contabilizou 135,8 mm, sendo a maior precipitação do ano, até o momento.
Nas ruas, nas primeiras horas do dia, foram inúmeros relatos de semáforos parados, árvores caídas e alagamentos em ruas, avenidas e túneis. Na Av. Engenheiro Santana Jr, uma das vias foi interditada devido à queda de uma árvore no local. Bombeiros militares precisaram ir ao local para fazer a remoção e o trânsito foi afetado.
A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), durante a manhã, alertou que 18 cruzamentos com maior fluxo de veículos demandam atenção por conta de problemas na rede semafórica causados por falhas no fornecimento de energia.
- Av. Doutor Theberge
- Av. Ministro Albuquerque Lima
- Av. H
- Av. José Bastos
- Av. Duque de Caxias
- Av. Heráclito Graça
- Av. João Pessoa
- Av. Padre Antônio Tomás
- Av. Raul Barbosa e vias secundárias
- Av. Pontes Vieira
- Av. Pessoa Anta
- Av. 13 de Maio
- Av. Gomes de Matos
- Av. Eduardo Girão
- Av. Coronel Matos Dourado
- Túnel Borges de Melo
- Túnel Wenefrido Melo
- Tunel Rogaciano Leite
O túnel Governador Beni Veras, no cruzamento entre as avenidas Alberto Sá e Almirante Henrique Sabóia (Via Expressa), é um dos que amanheceu alagado. Logo , os condutores devem seguir por cima do viaduto, retornar pela própria avenida e pegar a Av. Engenheiro Santana Júnior e Prof. Sila Ribeiro.
Outro ponto de atenção é o viaduto da Av. Oliveira Paiva, sobre a BR-116, no qual apenas uma pista está liberada para os dois fluxos, isso devido a um buraco na estrutura.