A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) ainda procura o suspeito do crime de maus-tratos contra o cachorro "Milagre", que teve as pernas traseiras decepadas e foi resgatado no bairro Passaré, em Fortaleza. O animal foi internado e passou por tratamento, mas não resistiu.
Câmeras de segurança de uma rua do bairro Conjunto Esperança flagraram o que seria um suspeito de envolvimento no caso. As imagens divulgadas pela PC-CE, do dia 24 de janeiro, mostram um homem se deslocando a pé com uma caixa d´água em um carrinho de mão.
Milagre foi encontrado e resgatado pela ONG Anjos da Proteção Animal (APA) no dia 25 de janeiro, após receber denúncia de integrantes de um circo, que estava sendo montado no mesmo terreno onde o animal foi encontrado. O cão foi localizado muito ferido, dentro de uma caixa d´água de mesma cor e modelo similar ao visto nas imagens.
O homem que aparece nas imagens é suspeito de abandonar o animal com os ferimentos em via pública. Diligências são realizadas com o intuito de investigar a autoria do crime, mas a PC-CE pede que denúncias que possam ajudar na resolução do caso sejam feitas no telefone (85) 3247-2630, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). O sigilo e o anonimato são garantidos.
Resgate e cuidados
Após ser resgatado, Milagre foi levado para uma clínica particular, onde passou por uma assepsia profunda e tomou medicamentos fortes para dores, como morfina.
O cão foi submetido a uma cirurgia ortopédica e a uma transfusão de sangue. Mas sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi levado ao balão de oxigênio e não resistiu, na noite do último sábado (28). Ele foi cremado e as cinzas ficarão na sede da APA.
O caso passou a ser investigado pela DPMA, após registro de Boletim de Ocorrência. A principal suspeita é de que o agressor tenha utilizado uma foice para decepar as patas do cão.
"Foi um crime que jamais foi visto na causa animal do Ceará. Eu, como protetora e ativista da causa, estou em choque com tamanha atrocidade. Não irei descansar até o criminoso, assassino cruel, ser punido. Esse monstro não pode ficar à solta. Ele mostrou que é um perigo para a sociedade", disse a presidente da APA, Stefani Rodrigues.