O diretor da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral (EEMTI) Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, onde um estudante baleou outros três na manhã da última quarta-feira (5), descartou que a motivação do ataque tenha sido bullying.
“Não foi identificado pela escola”, disse Jorge Célio durante reunião com gestores e psicólogos das escolas municipais e estaduais, no auditório da Prefeitura de Sobral, na tarde desta quinta (6).
O Diário do Nordeste tentou conversar com o diretor, mas a entrevista não foi autorizada pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Na reunião, o gestor classificou o caso como “uma fatalidade”.
Eram alunos excelentes, bons. Não esperávamos que viesse a acontecer, nem de alunos mais chegados à gente, porque os mais complicados são os que mais nos aproximamos pra tentar ajudar. Imagine dos mais tímidos, mais estudiosos, exatamente o perfil dos 4 alunos que aconteceu esse fato.
Ainda segundo Jorge, os estudantes “andavam juntos, eram amigos”. “O que falaram de bullying não foi identificado pela escola”, relatou.
Inicialmente, fontes da Polícia Militar divulgaram que os disparos foram motivados por supostos episódios de bullying praticados pelas vítimas. O adolescente entrou na escola em posse de uma pistola, efetuou os disparos e seguiu para casa.
Acompanhamento de rotina
Porém, Jorge Célio garantiu que a escola desenvolve “um trabalho muito bom” dentro do Projeto Professor Diretor de Turma - universalizado nas 652 escolas estaduais em 2022, de acordo com a Seduc.
A estratégia mantém um professor da unidade de ensino como diretor de uma turma, “acompanhando todo o desempenho escolar dos estudantes até o fim de sua escolarização, identificando vulnerabilidades, fazendo as intervenções necessárias à conclusão de seu projeto de vida e evitando o abandono escolar”.