A fisioterapia é uma profissão multiabrangente e o cenário pandêmico de Covid-19 chegou requisitando sua atenção em diferentes aspectos.
Com relação à atuação da fisioterapia na área hospitalar, as práticas já são amplamente consolidadas, sendo providencial abordar aqui uma nova disposição que o confinamento domiciliar fez surgir, como a liberação do teleatendimento, pela Resolução nº 516 de 23 de março do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Cofito).
Muitos ainda não tomaram conhecimento, mas tal medida veio permitir, em caráter excepcional e transitório, o atendimento não-presencial nas modalidades teleconsulta, teleconsultoria e telemonitoramento.
Um novo tempo exige, portanto, criatividade e que profissionais e pacientes se adeqúem à realidade com medidas inventivas, mas com prudência e serenidade. O fisioterapeuta deve prosseguir no atendimento àqueles pacientes de não podem interromper seus tratamentos, buscando modular a orientação a distância e a mencionada resolução disciplina exatamente isso.
Em cenários como o que vivemos, nos damos conta da relevância e essencialidade de algumas profissões que nos orbitam. Temos assistido profissionais da segurança pública e imprensa se dedicando a um pleito coletivo e nos emocionado com a abnegação de um exército de profissionais de saúde: enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem, médicos, fisioterapeutas... Quase nunca valorizados como deveriam.
Talvez nunca se tenha ouvido falar tanto nos fisioterapeutas; sim, são eles um dos principais profissionais que atuam, por exemplo, na atenção respiratória, sendo o mais preocupante sintoma da pandemia, que provoca redução das capacidades pulmonares dos pacientes.
Que após essa traumática tempestade virótica, todos saiamos maiores e melhores, e que aos profissionais de saúde seja dado o merecido e verdadeiro reconhecimento.
Aline Ferreira Gomes Vasques
Fisioterapeuta do Nami-Unifor e mestre em Saúde Pública