O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) anunciou o início da requalificação da Praça Almirante Saldanha, que fica no entorno do equipamento cultural, na Praia de Iracema. As obras devem começar "nos próximos dias", conforme comunicado publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (10).
O projeto de requalificação será conduzido pelo Governo do Ceará, por meio da Superintendência de Obras Públicas (SOP) e da Secult Ceará. "A fim de preservar as áreas que receberão as obras mais imediatas, espaços próximos ao Dragão já estão sendo isolados", diz o anúncio.
Com uma área de 5.820 m², a praça fica entre a avenida Pessoa Anta, a rua Dragão do Mar e a avenida Almirante Jaceguai. O espaço foi criado no início do século XIX, segundo o Mapa Cultural do Ceará. Inicialmente, o local foi chamado de Praça da Alfândega, devido ao prédio da Alfândega, que atualmente é o prédio da escola Porto Iracema das Artes.
ACESSOS DISPONÍVEIS
Com as obras, o acesso ao centro cultural pela praça será limitado. Veja quais entradas seguirão disponíveis:
- Rampa do Painel “Mural Ceará”, do Aldemir Martins, com entrada pela avenida Pessoa Anta;
- Entrada dos Museus pela avenida Presidente Castelo Branco;
- Rua José Avelino, na altura do Espaço Rogaciano Leite Filho;
- Corredor pela Rua Almirante Tamandaré (frente das boates).
Apesar da reforma, o Dragão do Mar afirma que a programação seguirá normalmente. "Seguimos em diálogo com nossa vizinhança para que tudo ocorra da melhor forma para todas as pessoas e possamos celebrar essa conquista", finaliza a nota.
DISPUTA DE GESTÕES
A reforma da Praça Almirante Saldanha esteve envolta em disputas nos últimos meses. O Estado apresentava interesse em reformar o local, mas precisava da cessão da Prefeitura de Fortaleza. Apesar do Centro Dragão do Mar ser de responsabilidade do governo estadual, a área no entorno do equipamento pertence à Prefeitura, por isso a necessidade da formalização.
Em fevereiro deste ano, o colunista do Diário do Nordeste, Inácio Aguiar, apurou que a Secretaria de Cultura do Governo do Estado havia feito um novo pedido de cessão à Prefeitura. Na época, o projeto proposto pelo Estado foi assinado pelo arquiteto Fausto Nilo e estava orçado em R$ 4,1 milhões.