Divindade do rio que deságua no mar, Iemanjá é lembrada nesta quarta-feira (2) no dia dedicado a ela. Em Fortaleza, a filha de Olokun, mãe de todas as cabeças e de todos os orixás, protagoniza anualmente grandes festas realizadas à beira-mar. O culto foi trazido para o Brasil pelos povos de origem iorubá, em fins do século XVIII até quase metade do século XIX.
A tradição na Capital, abarcando mais de meio século, é que as homenagens aconteçam no dia 15 de agosto. Conforme Jean dos Anjos – macumbeiro, artista, mestre em Antropologia e pesquisador do Laboratório de Antropologia e Imagem da Universidade Federal do Ceará (UFC) – esse costume está ligado à tradição que ocorre no Rio de Janeiro, dia de Nossa Senhora da Glória. Aqui, a festa ocorre no mesmo dia de Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Fortaleza.
Nessa data, as pessoas oferecem à Rainha do Mar diferentes mimos, entre sabonetes, velas, flores e perfumes. A crença é de que Iemanjá leva consigo para o fundo do oceano todos os nossos problemas e confidências, trazendo de volta sobre as ondas a esperança de um futuro melhor.
O Diário do Nordeste oferece agora um passeio pelas comemorações em homenagem à divindade na capital cearense, atestando a fé e o alcance do momento. Os registros são de Bruno Gomes, João Luiz, José Leomar, Kid Júnior, Natinho Rodrigues e Silvana Tarelho.