O legado de Jô Soares se estendeu também para a literatura brasileira com diversos livros escritos pelo jornalista. Um dos nomes mais relevantes da televisão brasileira, Jô faleceu na madrugada desta sexta-feira (5), em São Paulo, aos 84 anos.
Entre os sucessos escritos pelo apresentador, estão o romance policial ‘O Xangô de Baker Street’, de 1995, e a biografia de um anarquista fictício ‘O Homem que Matou Getúlio Vargas’, de 1998. O primeiro chegou até a virar filme sob direção de Miguel Faria Jr.
Veja a lista dos livros do Jô Soares:
- O Astronauta Sem Regime (1983)
- Humor Nos Tempos do Collor (1992)
- A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994)
- O Xangô de Baker Street (1995)
- O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998)
- Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005)
- As Esganadas (2011)
- O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 1 (2017)
- O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 2 (2018)
Quem é Jô Soares
Filho do paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro, onde ganhou fama como apresentador de televisão, humorista, escritor, ator e diretor.
A estreia dele na TV ocorreu em 1958, quando participou do "Noite de gala". No mesmo ano, passou a escrever para o "TV Mistério", que tinha no elenco Tônia Carreiro e Paulo Autran. Os programas eram exibidos na TV Rio, onde ele também esteve no "Noites Cariocas".
Como apresentador, iniciou carreira no "Jô Soares Onze e Meia", do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). O programa ficou no ar entre 1988 e 1999. A produção mais famosa dele, porém, chegou no ano seguinte. Em 2000, o "Programa do Jô", na TV Globo, estreou e seguiu na grade da emissora até 2016.
Considerado um pioneiro no stand-up, Jô fez história no humor televisionado em “A família Trapo” (1966), “Faça humor, não faça a guerra" (1970), "Satiricom" (1973), “Planeta dos homens” (1977) e “Viva o Gordo” (1981).
O trabalho solo de Jô no teatro reuniu textos e performances com tom crítico e cômico sempre em referência ao cotidiano do Brasil. Os seus monólogos mais conhecidos foram “Ame um gordo antes que acabe” (1976), “Viva o gordo e abaixo o regime!” (1978), “Um gordoidão no país da inflação” (1983), “O gordo ao vivo” (1988), “Um gordo em concerto” (1994) – que ficou em cartaz por dois anos – e “Na mira do gordo” (2007).