Elon Musk abre enquete e maioria dos usuários vota para ele deixar chefia do Twitter

Das mais de 17 milhões de contas que responderam, cerca de 57% se manifestaram a favor da saída do empresário

Legenda: Elon Musk pergunta em enquete se deve deixar a chefia do Twitter
Foto: Brendan Smialowski/AFP

A maioria dos participantes de uma pesquisa criada por Elon Musk no Twitter votou, nesta segunda-feira (19), a favor da saída do magnata da direção da rede social, cujo controle assumiu há alguns meses. 

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Na enquete publicada por Musk em sua conta no aplicativo, 57,5% das mais de 17 milhões de contas que responderam se manifestaram a favor da saída de Musk, que perguntou em um tuíte: "Devo renunciar à chefia do Twitter?", garantindo que cumpriria o resultado. 

O bilionário, que também é dono da montadora Tesla e da empresa de foguetes SpaceX, não reagiu até o momento. Ele assumiu pessoalmente as rédeas do Twitter em 27 de outubro, após um polêmico acordo de compra da rede social por 44 bilhões de dólares.

Desde então, várias polêmicas surgiram, com a demissão de metade da equipe do Twitter, a reintegração de figuras da extrema direita à plataforma, a suspensão das contas de jornalistas e a tentativa de cobrar por serviços que antes eram gratuitos. 

Queda das ações

Os analistas também observaram que o preço das ações da Tesla caiu um terço desde que Musk comprou o Twitter. 

"É difícil ignorar os números desde que o acordo [do Twitter] foi fechado", tuitou o especialista em investimentos Gary Black, dizendo acreditar que o conselho de administração da Tesla está pressionando Musk a deixar seu cargo no Twitter. 

Em conversas com usuários após a publicação de sua última pesquisa, Musk afirmou que não tinha um sucessor em mente e renovou seus alertas de que a plataforma poderia estar à beira da falência.

Links banidos

A enquete de Musk foi publicada logo após ele tentar se livrar de mais uma polêmica. No domingo (18), o Twitter anunciou que os usuários da plataforma não poderão mais incluir links para outras redes sociais, como Facebook ou Instagram, em suas publicações. Se o fizessem, estariam sujeitos a sanções. 

Horas depois, Musk voltou atrás, dizendo que sua intenção era "suspender contas apenas quando o objetivo 'principal' dessas contas for promover concorrentes". 

A tentativa de proibição de postar links para outras redes sociais gerou reclamações e desaprovação e intrigou até o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, que apoiou a compra de Musk da plataforma. Dorsey questionou a nova política com um tuíte conciso: "Por quê?"


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