Amazon anuncia demissão de mais de 18 mil funcionários

Plano de redução é o maior entre os recentes cortes de empresas de tecnologia, que enfrentam crise

Mais de 18 mil funcionários da Amazon serão demitidos, de acordo com anúncio feito pela empresa nessa quarta-feira (4). Para justificar a decisão, a empresa citou o cenário econômico “incerto” e a rápida contratação feita durante a pandemia de Covid-19.

No comunicado, enviado aos trabalhadores da companhia, o diretor-executivo da Amazon, Andy Jassy, afirma que a diretoria entende o quão difícil será o corte para os contratados, e deverá oferecer pacotes, que incluem indenização, seguro de saúde temporário e auxílio para encontrar trabalho.

Jassy ainda explicou que o anúncio foi feito de forma repentina, pois um de seus colaboradores soltou a informação externamente. Os trabalhadores afetados deverão ser comunicados sobre o corte, que também acontecerá em unidades da Europa, até o próximo dia 18 de janeiro.

O plano de redução é o maior entre os últimos cortes realizados pelas empresas de tecnologia norte-americanas, que enfrentam crise no setor. Além disso, também é o mais crítico da história da gigante do varejo on-line.

PERÍODO INSTÁVEL NO SETOR TECNOLÓGICO

Durante o período pandêmico, em que a população precisou recorrer às compras pela internet, a empresa admitiu um grande número de funcionários para atender à demanda, dobrando sua equipe entre 2020 e 2022. Em setembro do ano passado, por exemplo, a varejista chegou a ter 1,54 milhão de contratados. 

No entanto, a situação mudou quando, no terceiro semestre, seu lucro líquido caiu 9% ano a ano. O declínio motivou o anúncio, em novembro, do corte de cerca de 10 mil funcionários.

Além da Amazon, outras gigantes da tecnologia têm enfrentado instabilidade: esse é o caso da Meta, companhia responsável pelo Facebook, Instagram e Whatsapp. A empresa comandada por Mark Zuckerberg comunicou, também em novembro, a demissão de 11 mil pessoas, que representavam 13% de sua força de trabalho.

O Twitter, propriedade do bilionário Elon Musk, foi outro empreendimento afetado, desligando metade de seus 7,5 mil funcionários. A incerteza foi sentida, também, pelo Snapchat, que cortou aproximadamente 20% de seus contratados, em agosto de 2022.