Recompensa de R$ 15 mil é oferecida por cada fugitivo de Mossoró
As buscas pela dupla de foragidos da Penitenciária Federal chegaram ao 11º neste sábado (24)
Uma recompensa de R$ 15 mil por cada um dos dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi divulgada junto a um canal de denúncias neste sábado (24). A gratificação será paga, com verbas do Governo Federal, a quem der informações que ajudem na captura dos criminosos, segundo a Polícia Federal (PF).
Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, o Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, o Deisinho, fugiram juntos do presídio no dia 14 de fevereiro. As buscas pela dupla chegaram ao 11º neste sábado.
As denúncias podem ser feitas por meio número 181, pelo número de WhatsApp (84) 98132-6057, pelo aplicativo Segurança Cidadã e ainda pelo e-mail disquedenuncia181@defesasocial.rn.gov.br.
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Cerco ampliado
As forças de segurança, que contam com quase 600 policiais envolvidos na operação, aumentaram o cerco na divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará após localizarem um homem que levou comida aos fugitivos na sexta-feira (23).
O homem foi parado em uma barreira policial e informou que estava entregando alimentos a dois homens em um sítio na região. Esse homem disse que estava sendo obrigado a deixar comida no local, que fica próximo de Baraúna, no Rio Grande do Norte.
Ele informou aos agentes que sua família foi feita refém, e por isso ajudou Rogério e Deibson. A participação do homem ainda será investigada para determinar se ele foi de fato uma vítima.
Três suspeitos presos
A PF já prendeu três suspeitos de ajudarem os dois fugitivos. Um dos presos, inclusive, pegou um carro no Ceará para ajudar na fuga. Ele foi capturado quando chegava em casa no bairro Aeroporto, em Mossoró.
As detenções reforçam a hipótese de que os foragidos receberam apoio de fora do presídio. Essa é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, desde a criação em 2006.
Quem são os fugitivos de Mossoró?
Os fugitivos, Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35, respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio. Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.
Deibson Cabral, também conhecido como Tatu ou Deisinho, está ligado a 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.
Já Rogério da Silva, o Martelo, responde a processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.