Investigação da PF indica que fugitivos de Mossoró podem ter recebido ajuda de fora do presídio

A busca pelos dois detentos chegou ao nono dia nesta quinta-feira (22)

Legenda: Agentes da Força Nacional ajudam nas buscas de fugitivos de penitenciária federal, em Mossoró (RN)
Foto: Jamile Ferraris/MJSP

Investigadores da Polícia Federal suspeitam que os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, tenham recebido ajuda de fora do presídio. A informação é da Folha de São Paulo

Segundo o jornal paulista, inclusive, a situação teria motivado o cerco realizado nesta quarta-feira (21), na cidade de Baraúna (RN).

Os foragidos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ambos naturais do Acre.

Nessa quarta (21), uma pessoa foi encaminhada para prestar depoimento à Polícia Federal, mas não há detalhes se estaria envolvida na possível ajuda aos fugitivos.

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Conforme informações de agentes da área operacional, as equipes trabalham em um raio de 15 km, com o empenho integrado de todas as forças de segurança federais e estaduais. Parte da região de Baraúna está incluída nesse raio.

QUEM SÃO OS CRIMINOSOS?

Detentos
Legenda: Fugitivos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ambos do Acre
Foto: Reprodução

Os fugitivos, Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35, respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio. Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.

Deibson Cabral, também conhecido como Tatu ou Deisinho, está ligado a 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.

Já Rogério da Silva, o Martelo, responde a processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.

Como ocorreu a fuga?

Buraco na parede da cela de onde saíram fugitivos do presídio federal em Mossoró
Legenda: Buraco na parede da cela de onde saíram fugitivos do presídio federal em Mossoró
Foto: Reprodução

Os presos arrancaram uma parte metálica onde ficava a luminária da cela e conseguiram escalar até o teto para acessar uma espécie de shaft, que é uma abertura entre as paredes por onde passam tubulações de água e ventilação.

De lá, tiveram acesso ao canteiro de obras de uma reforma no pátio do banho de sol. Eles atravessaram um tapume que cobria as obras e arranjaram um alicate. Com a ferramenta, a dupla cortou o alambrado e fez uma passagem para fora do presídio.