O caso do estudante Igor Kleyverson, que disse ter tirado nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco, logo após o rapaz, de 23 anos, ter divulgado uma suposta nota nas redes sociais e corrigi-la no dia seguinte. Morador do município de Escada, o aluno também teve a primeira versão da nota divulgada pelo curso preparatório no qual estudava.
A mudança na avaliação veio no dia seguinte, quando imagens mostraram que Igor teria tido outra pontuação, a de 680. O rapaz usou as redes sociais para negar que tenha cometido fraude, afirmando que "desconfia de um erro do Inep" ou de "algum ataque" hacker.
No vídeo, Igor pontuou que não havia nada para esconder e, por conta disso, fazia questão de colocar a "cara-tapa". "Hoje de manhã eu acordei com a notícia da minha irmã dizendo que eu estava sendo investigado por fraude. Quando eu fui entrar [no site do Inep] para ver, as minhas notas estavam todas abaixo daquilo que eu tinha postado", explicou ele.
Investigação do caso
Segundo a polícia, um inquérito já foi instaurado para apuração dos fatos sobre o caso. A publicação do jornal O Globo aponta que o curso preparatório Fábrica Concursos, do qual o aluno fazia parte, afirmou ter cumprido o papel de divulgar o aluno.
"Ressaltamos que não temos nada a ver com o caso, reafirmando o nosso compromisso que era o de divulgar a conquista do aluno, com seriedade e transparência", disse a empresa em nota oficial.
O levantamento do Inep sobre o Enem aponta que apenas duas redações atingiram a pontuação máxima em Pernambuco. Igor, antes da atualização da nota, seria um dos 60 estudantes brasileiros a alcançarem nota mil no exame.