Em aula, ex-PM minimiza pena por necrofilia de mulheres e causa repúdio

Após repercussão do caso, Evandro Guedes disse que fala era uma "ficção jurídica"

Escrito por Redação ,
Evandro Guedes
Legenda: Evandro Guedes
Foto: Divulgação

O ex-policial militar Evandro Guedes gerou repúdio nas redes sociais, nessa segunda-feira (4). Em um vídeo que começou a viralizar, o fundador de uma escola preparatória para concursos públicos aparece em sala de aula falando sobre o crime de vilipêndio de cadáver

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Guedes comenta a situação de duas mulheres e cita: "Duas da manhã, não tem ninguém. Você bota a mão, hmm quentinha ainda. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime", diz ele.  

Não há certeza de quando o vídeo foi publicado, pois ele já foi excluído da plataforma do curso. Segundo a escola, a fala do fundador está "em total desacordo com as diretrizes da empresa".

"E ainda avisa o cara que vai te render: cara, deixa que eu vou virar de plantão para você. E é o dia mais feliz da sua vida, irmão. É crime? É. Você mexeu com a honra do cadáver. O sujeito passivo do crime é o familiar da vítima", afirma Guedes, ao ironizar o sofrimento de um pai ao saber que a filha morta havia sido violada por um "cara de 19 anos, aluno do Evandro".

Para finalizar, Evandro ainda ironiza a pena para o crime vilipêndio de cadáver, afirmando que ela é "é desse tamanhozinho" (numa acepção de "pequena") e que "vale a pena responder".

PRONUNCIAMENTO

Após a repercussão, o ex-PM fez uma transmissão nas redes sociais e negou que tenha defendido o cometimento do crime. "Defendendo abuso de mulheres? Primeiro que, se ela está morta, ela não é mulher. É um defunto, não é uma pessoa viva. Ela não tem mais personalidade jurídica, porque ela morreu [...] Isso é uma ficção jurídica, é um exemplo", afirma. 

Evandro também disse que as pessoas não foram capazes de compreender sua atuação como professor de Direito Penal. E que suas ações naquela aula eram apenas "exemplos". Ele chamou os críticos de "burros" e corrigiu as alegações de estupro, dizendo que, na verdade, se trata de vilipêndio de cadáver. 

Em nota, a AlfaCon afirmou que o "vídeo foi editado de forma a parecer que o professor em questão era praticante do crime". O vídeo completo, conforme a instituição, deixa claro se tratar de um "exemplo fictício e caricato para ilustrar uma situação do direito penal".

"O vídeo é antigo, uma aula ao vivo do YouTube que foi retirada do ar para que nenhuma pessoa mais faça mau uso do conteúdo e em respeito a todos que possam se sentir ofendidos com a colocação", comunicou a empresa. 

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