Bebê retirada de velório não tinha sinais vitais durante cerimônia, aponta perícia; MP investiga

Testes feitos durante o velório pelo Corpo de Bombeiros, e após pela equipe do hospital local de Santa Catarina onde foi indicado que a criança tinha saturação e oxigênio e batimentos cardíacos, ainda que fracos

Escrito por Redação ,
bebê sendo retirado de velório após perceberem batimentos cardíacos
Legenda: Pessoas presentes no velório teriam visto a mão da criança se mexer
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O caso de uma bebê de oito meses retirada do próprio velório em Correia Pinto, Santa Catarina, no último sábado (19) é investigado pelo Ministério Público (MP), pois há divergências sobre as suspeitas que levaram a família a pedir ajuda. Pessoas presentes na despedida disseram ter visto a mão da criança se mexer, momento em que acionaram os bombeiros e foram verificados batimentos "fracos". 

Entretanto, nesta segunda-feira (21) o MP informou que o laudo cadavérico mostrou que a bebê não tinha sinais vitais na hora do velório. O documento não foi detalhado, pois envolve uma menor de idade, porém o legista garantiu que a criança estava, de fato, morta. As informações são do portal g1. 

"O documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório", informou o MP de Santa Catarina. 

O órgão ministerial agora espera uma segundo lado, chamado anatomopatológico, para se saber a causa da morte e apurar se houve negligência no atendimento médico. O prazo para a divulgação do documento é em 30 dias. 

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O que houve após o velório?

Após ser retirada do velório, a criança foi ao hospital de origem e foram feitos testes pela equipe médica da unidade de saúde que indicaram 84% de saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto. 

Foi feito um eletrocardiograma, que não detectou "sinais elétricos". Segundo a Prefeitura de Correia Pinto, a bebê de oito meses foi levada à unidade de saúde pelo Corpo de Bombeiros Municipal "com relato de sinais e saturação". 

"A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito", informou a Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli.

O primeiro atendimento foi na quinta-feira (17), pois segundo o pai disse às autoridades, a filha passou mal e foi diagnosticada com virose. Ela recebeu soro e teve um medicamento receitado, mas voltou a se sentir mal no sábado, dia em que morreu. 

O médico que a atendeu por último disse que a causa da morte foi asfixia por vômito. Contudo, na declaração de óbito, informa que ela morreu por desidratação e infecção intestinal bacteriana. 

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