O chefe da maior milícia do Rio de Janeiro se entregou à Polícia Federal ao fim da tarde desse domingo (24). O G1 confirmou se tratar de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que estava foragido desde 2018.
O criminoso é conhecido por ter assumido o comando da milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do RJ, após a morte do antigo líder, seu irmão, Wellington Braga, o Ecko.
Zinho se apresentou na Superintendência Regional da PF após uma série de negociações com a Secretaria de Segurança Pública do estado fluminense. Havia ao menos 12 mandados de prisão em aberto contra ele.
Preso, ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e, depois, a um presídio de segurança máxima, onde aguarda julgamento.
No X, antigo Twitter, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, elogiou a condução da Polícia Federal. "Parabéns à Polícia Federal! É trabalho, trabalho e trabalho", escreveu.
Sequência de mortes na família
Em outubro deste ano, o miliciano Matheus Rezende, conhecido como Faustão, foi morto após ser baleado em uma troca de tiros com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polinter.
Faustão era sobrinho de Zinho e foi o terceiro integrante da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio. Além dele, foram mortos Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, durante operação da Delegacia de Homicídios da Capital em 2017, e Wellington Braga, o Ecko, em 2021.
Quem é Zinho?
Zinho assumiu o comando da milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência em 2021, dois meses após a morte do irmão, Ecko, antigo líder da organização. Antes de assumir o posto, ele era responsável por lavar o dinheiro do grupo, principalmente na Baixada Fluminense.
Em agosto de 2018, a Polícia Civil tentou cumprir um mandado de prisão contra Zinho em um sítio no Espírito Santo. À época, o miliciano conseguiu fugir pela mata, mas a polícia apreendeu o celular dele.