Após a prisão, na manhã deste domingo (24), de três homens públicos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, as viúvas das duas vítimas pediram às autoridades que continuem com as investigações.
Monica Benicio, atual vereadora da capital carioca, declarou em entrevista que não acredita que o caso tenha chegado ao fim.
“Que todas as pessoas que tiveram qualquer tipo de envolvimento com o assassinato de Marielle e Anderson sejam responsabilizadas no rigor da lei pelo que fizeram”, ressaltou, em frente à superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
Na ocasião, Monica ainda afirmou estar surpresa com o envolvimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, acusado de tentar obstruir as investigações. “O nome da família Brazão não nos surpreende tanto, mas o nome de Rivaldo Barbosa sem dúvida nenhuma foi uma grande surpresa”, destacou.
A Operação Murder Inc., deflagrada pela Polícia Federal neste domingo (24), prendeu os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, apontados como mandantes do crime, além de Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, por atrapalhar as investigações.
A viúva de Anderson, Ágatha Amaus, também compareceu à superintendência da PF e se emocionou ao comentar a prisão dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa, reforçando que o movimento não pode ser considerado o encerramento do caso.
“Acho que está no caminho. Depois de seis anos, eu acho que é o mais perto que a gente já chegou. Eu espero que ainda avance mais, porque ainda é pouco, porque, como a Monica disse, ainda não tem uma resposta clara da motivação, então ainda não fechou, não tem a história completa”.