Adriana Ferreira Almeida, conhecida como "Viúva da Mega-Sena" por mandar matar o marido Renné Senna, que ganhou R$ 52 milhões na loteria, foi considerada pela Justiça indigna de receber qualquer parte da herança do ex-companheiro.
"Em razão da participação da ré no homicídio do genitor da autora, defende a sua exclusão da sucessão pela configuração de indignidade”, diz parte da decisão do juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito. As informações são do jornal O Globo.
A condenada disputava a herança há 15 anos com a família da vítima. Em 2018, a Justiça já havia decidido que o testamento que beneficiava Adriana era inválido. Segundo as investigações, o documento, que deixava metade da fortuna para ela, teria sido fruto de manipulação.
O crime aconteceu em 2007. Em 2016, a "Viúva da Mega-Sena" foi condenada a 20 anos de prisão pela morte de Renné. Foragida, Adriana foi presa em 2018, na Região Metropolitana do Rio, onde tinha uma residência como esconderijo.
Crime
Renné Sena foi morto na manhã do dia 7 de janeiro de 2007. Ele estava em um bar próximo a sua fazenda, no município de Rio Bonito, Rio de Janeiro, quando foi surpreendido por disparos de arma de fogo vindos de dois homens encapuzados de moto.
Com tiros na nuca, no olho e no queixo, o lavrador morreu no local. Adriana foi apontada como a responsável pela família de Renné. A motivação seria que o milionário pretendia se separar da esposa e excluí-la do testamento.
Sena ficou milionário em 2005. Diabético, ele amputou as duas pernas devido a complicações da doença.