Uma das pacientes do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por estupro durante uma cesariana no último domingo (10), no Rio de Janeiro, tomou o coquetel anti-HIV/Aids para evitar uma possível contaminação, conforme apurou a TV Globo.
Ainda não se sabe se a mulher foi estuprada por Giovanni, mas, por precaução, os médicos decidiram ministrar os remédios. A mãe precisou parar de amamentar o bebê por causa dos efeitos colaterais do coquetel.
Os advogados da paciente solicitaram que Giovanni fizesse o exame para saber se ele é portador do vírus HIV, mas o detento não é obrigado.
Conhecimento da vítima
A delegada Bárbara Lomba disse que a a vítima que aparece no flagrante que levou Giovanni à prisão só ficou sabendo do caso nesta quarta-feira (13), segundo informações do G1. A delegada conversou com a vítima por telefone no mesmo dia.
"Ela chorou muito. Ainda está muito abalada. A família toda está abalada”, disse Bárbara Lomba, acrescentando que a ligação para a vítima não teve como objetivo colher informações sobre o caso, mas sim prestar solidariedade.
A delegada explicou que está em contato com a advogada da família para agendar o depoimento da vítima que foi filmada e do marido dela.
Crimes em série
Ainda conforme Bárbara Lomba, o anestesista é um criminoso em série. “Diante da repetição das ações criminosas, das características de compulsividade que se observam e da possibilidade de várias vítimas feitas naquelas condições, podemos afirmar que se trata de um criminoso em série”, explicou.
Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) após dopar e estuprar uma paciente durante o parto no Hospital da Mulher Heloneida Studart. O médico foi flagrado por colegas de trabalho praticando o estupro, que durou cerca de dez minutos.
O médico está preso no Complexo Penitenciário de Bangu desde a terça-feira (12) e foi isolado de outros presos por medida de segurança.