Um cliente e amigo da família de Edson Davi Silva de Almeida, menino de 6 anos que está desaparecido há mais de uma semana no Rio de Janeiro, criou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro e ajudar os pais do garoto, que estão sem trabalhar.
"Estou criando essa vaquinha para ajudar financeiramente o Edson, Marize e funcionários que não estão conseguindo trabalhar nesse momento tão difícil na vida de cada um", diz a mensagem no site, assinada por Rodrigo Wagner Reis.
A família agradeceu a iniciativa nas redes sociais: "Venho aqui te agradecer pela sua solidariedade em nos ajudar nesse momento tão difícil. Deus abençoe você e a todos que estão nos ajudando. Muito obrigada", escreveu Marize Araújo.
Hipótese de afogamento
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), da Polícia Civil, obteve novas imagens sobre o caso do desaparecimento de Edson Davi. Um vídeo mostra o menino na beira do mar da Barra da Tijuca às 15h37 do dia 4 de janeiro, cerca de 1h30 antes de desaparecer.
A gravação foi feita por uma testemunha que estava no local no dia em que o garoto sumiu. O Centro de Operações Rio (COR), da Prefeitura, também forneceu imagens de cinco câmeras instaladas nos postos 3, 4 e 5 da Barra da Tijuca.
A DDPA está analisando os registros para entender o trajeto feito por Edson Davi no dia em que desapareceu. Estão sendo trabalhadas duas linhas de investigação: a de que ele tenha caminhado em direção à água e sumido no mar; e a de que tenha ido em direção ao calçadão. A família de Edson Davi não acredita na hipótese de afogamento.
A irmã do garoto, Giovana Almeida, disse que Edson Davi não teria entrado no mar porque tem medo. O pai também reforçou que a criança sempre pedia autorização antes de entrar na água. "Era um menino muito obediente".
Entenda o caso
A criança estava na praia da Barra da Tijuca, onde o pai trabalhava, quando sumiu. De acordo com o pai, eles chegaram no local pela manhã. A ausência do filho foi sentida por volta das 16h50.
O pai relata que estava fechando a conta de alguns clientes quando percebeu que a criança não estava por perto. "Ele está acostumado a ir comigo para a barraca. Conhece todos os funcionários, é obediente. Não iria com estranhos. Mas não sabemos o que pode ter acontecido", testemunhou.
O pai contou ainda que o garoto estava brincando ao lado da barraca, na areia, com duas crianças que aparentavam ter 7 anos.
"Sei que um gringo estava com duas crianças brincando de bola com ele [...] Ele [Edson Davi] se fazendo de goleiro. Nisso, eu atendendo um cliente, fechando conta, quando me dei conta de que meu filho sumiu. Eram 16h50, 17h, quando aconteceu", relatou o pai.