O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou que a Vacina de Oxford terá insumos farmacêuticos da China. A declaração foi feita nesta quinta-feira (22) durante entrevista para a CNN.
“Temos a informação de que a vacina de Oxford trabalhará também com insumo farmacêutico vindo da China. Sim, procede. O insumo é a farinha que faz o pão, vamos resumir assim, ele é a base, aquele produto inicial que passará por uma série de processos (..), um substrato básico. Hoje, no mundo, é quase impossível ter um produto feito 100% em um país, isso pertence ao passado", afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última quarta-feira (21), em comentário nas redes sociais, que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac "não será comprada". A mensagem foi publicada em resposta a um comentário crítico ao anúncio do Ministério da Saúde sobre a compra de 46 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
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Medicação em desenvolvimento
O presidente da Avisa afirmou também sobre a expectativa da liberação de uma vacina para uso em massa na população. Barra lembrou que há quatro medicamentos contra a Covid-19 sendo desenvolvidos no Brasil, mas não se pode fazer previsão de datas nas quais estarão prontas.
“Todos esperam uma resposta sobre as vacinas no menor tempo possível, porém precisamos analisar as questões de segurança e eficácia. Depois dessas verificações, teremos no registro a análise da qualidade do produto e as certificações necessárias para seu uso em massa,” disse o presidente-diretor da Anvisa.