A Polícia realiza oitivas para determinar se o homem preso, nessa quarta-feira (8), tem envolvimento com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na região do Vale do Javari, no Amazonas.
Testemunhas disseram que o viram passar em uma lancha em grande velocidade na mesma direção que a dupla, depois que eles foram observados pela última vez. Mas a Polícia diz que o indivíduo foi preso porque portava munições de calibre ilegal e drogas.
"Estamos fazendo as oitivas para ver se ele tem ligação com o que aconteceu, mas, por enquanto, não temos nada", disse o secretário de Segurança do Amazonas, Carlos Mansur.
"Já temos material apreendido com suspeita de ter ligação com o fato, mas ainda é tudo uma suspeita. Por enquanto, nosso trabalho forte está nas buscas, temos esperança de encontrá-los vivos".
"Estamos com esperança de ter havido algum problema com a embarcação, de ter entrado em um braço de rio, de estarem em algum local da selva", comentou Mansur.
A operação de buscas na área, de difícil acesso, inclui cerca de 250 homens, entre policiais, militares e bombeiros, além de duas aeronaves, drones, 16 barcos e outros veículos, segundo a polícia.
Polícia não descarta nenhuma hipótese
Autoridades continuavam nessa quarta-feira as buscas ao jornalista britânico e ao indigenista desaparecidos há mais de três dias na Amazônia, sem descartar "nenhuma linha investigativa", incluindo homicídio, em uma região com forte presença do narcotráfico.
Apesar do tempo transcorrido desde o sumiço, a polícia e as Forças Armadas tentam encontrar rastros do jornalista Dom Phillips, 57 anos, e do especialista Bruno Pereira, 41 anos, e têm esperança de encontrá-los com vida.
"Até o momento, falamos em desaparecimento", ressaltou superintendente da Polícia Federal no estado do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, (norte do Brasil). "Iremos apurar um eventual homicídio, caso tenha ocorrido. Não descartamos nenhuma linha investigativa", acrescentou.
Segundo Fontes, a região onde eles desapareceram é "bastante perigosa, com criminalidade intensa e tráfico de drogas transnacional, sobretudo pela faixa de fronteira com Peru e Colômbia, mas sabemos também de garimpo ilegal, da ocorrência de exploração ilegal de madeira e de pesca ilegal".
Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o Telegram do DN e acompanhe o que está acontecendo no Brasil e no mundo com apenas um clique: https://t.me/diario_do_nordeste