Saiba quem foi o 'hipster da Federal', morto nesta quinta-feira

Lucas Valença ficou conhecido em 2016 após escoltar para a prisão o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (3)

O policial federal Lucas Soares Dantas Valença, de 36 anos, ficou conhecido em 2016 após escoltar para a prisão o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ). Com coque no cabelo e barba, ganhou o apelido de 'hipster da Federal' e 'lenhador'.

Ele foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (3) em Buritinópolis, no centro de Goiás, após invadir uma casa na zona rural, segundo a Polícia Civil. 

Natural de Posse, no nordeste de Goiás, Lucas trabalhava na PF em Brasília. Segundo informações do G1, ele entrou na corporação em 2014 e chegou a integrar o Comando de Operações Táticas (COT). Antes, fez parte da Polícia Militar do Distrito Federal.

Em seu perfil no Instagram, acumulava mais de 111 mil seguidores até a manhã desta quinta-feira (3). Em suas postagens, o policial aparecia em meio à natureza, seja em cachoeiras da Chapada dos Veadeiros, ou em praias. 

Surto psicótico

Familiares e amigos relataram à Polícia Militar que o servidor da PF estava passando por um surto psicótico desde o dia anterior a sua morte. Lucas Valença teria gritado do lado de fora dizendo que "havia um demônio" na residência, antes da invasão.

Na residência localizada na zona rual, estavam o dono, a esposa e a filha do casal, de 3 anos. Segundo o morador, ele ouviu barulhos de pessoas em volta da sua casa e gritos com diversos xingamentos. Logo depois, a vítima desligou o disjuntor de energia que fica fora da casa e arrombou a porta da sala.

Em relato à polícia, o morador diz que atirou no policial com uma espingarda, agindo em legítima defesa. No entanto, foi preso por posse ilegal de arma de fogo. A Polícia Federal  informou que ainda vai se posicionar sobre o caso.