Quem é o influenciador preso suspeito de lucrar R$ 1 milhão por mês com 'jogo do tigrinho'

Com Gebê, de 26 anos, foram apreendidos carros de luxo avaliados em R$ 4 milhões

O influenciador digital Gebe, preso temporariamente por lucrar R$ 1 milhão por mês com divulgação do 'jogo do tigrinho', acumula mais de 3,4 milhões de seguidores apenas no Instagram. Com o suspeito, de 26 anos, foram apreendidos um Porsche e uma Lamborghini, carros de luxo avaliados em R$ 4 milhões. Ele foi detido no condomínio de luxo Vila Alpina, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Embora fosse monitorado pela Polícia Civil desde o início de 2024, a prisão do jovem de 26 anos ocorreu na última segunda-feira (30). Gebe acumula no TikTok mais de 4,4 milhões de seguidores. Nas redes sociais, ele compartilha uma vida de luxo com viagens internacionais, carros importados e até jatinhos particulares. O influenciador também publica vídeos de humor ao lado da namorada e amigos. 

'01 da América Latina'

O delegado Magno Machado revelou à TV Globo Minas que os influenciadores que divulgam essas plataformas recebem uma porcentagem quando há perda de dinheiro em apostas. "As plataformas pagam comissão por apostas perdidas. Cada aposta que o jogador perde, o influenciador digital ganha uma comissão", explicou.

Ainda conforme Machado, Gebe se intitula o "01 da América Latina" em jogos de azar virtuais. Gebe pode responder por  exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e possível estelionato. 

Conforme as investigações, o suspeito admitiu a prática criminosa de lavagem de dinheiro em um vídeo publicado nas redes sociais. 

"Ele está com uma máquina de contar dinheiro com um bolo de notas de R$ 50. Uma terceira pessoa pergunta como ele está ganhando tanto dinheiro, e ele fala que tem uma lavanderia de dinheiro, indicando uma lavagem de dinheiro", revelou. Na unidade da Polícia Civil, Gebe optou por se manter em silêncio. 

O que diz a defesa

A equipe de advogados do influenciador alega que sua prisão é "desproporcional e excessiva". A defesa ainda frisa que há "outras medidas cautelares já seriam suficientes para salvaguardar a investigação".