A Polícia Federal demandou o Superior Tribunal da Justiça (STJ) com um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira. O sacerdote era investigado por suspeita de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), na cidade de Trindade (GO), mas a apuração foi suspensa por decisão judicial.
Ao G1, a defesa do religioso declarou que as causas para fazer o pedido são antigas e que não existe justificativa para a prisão. Além disso, foi feita uma representação contra a solicitação da Polícia Federal.
As investigações deflagradas contra o padre Robson de Oliveira foram iniciadas quando ele ainda era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Ele teria criado associações para desviar mais de R$ 100 milhões em doações de fiéis para comprar fazendas, casa na praia e até um avião, segundo o Ministério Público.
Investigação bloqueada
Durante as apurações, em maio de 2021, as iniciativas foram bloqueadas pelo próprio STJ.
Na época, o desembargador Olindo Menezes considerou que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração.
O MP informou, na noite de quinta-feira (18), que recorreu da decisão e que espera o julgamento do recurso pelo STJ.