Há muitas tradições que permeiam a Semana Santa, quando católicos celebram a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Na sexta-feira que antecede a Páscoa, o ritual costuma ser jejuar, repousar em silêncio e não comer carne vermelha sob hipótese alguma. Geralmente, o substituto da carne é o peixe, e o protagonista à mesa é o bacalhau. Mas, por quê? De onde veio esse costume?
Alguns estudiosos atribuem o consumo de bacalhau à influência de Portugal enquanto país colonizador do que, depois, se tornaria o Brasil.
Isso porque a iguaria norueguesa, que data da época dos vikings, é uma das preferidas entre os portugueses. E, também, porque é o produto que pode ser conservado por mais tempo sem refrigeração.
E, ao contrário do que alguns pensam, o bacalhau não é um peixe específico, mas um grupo de peixes que passa por um processo de cura por salga. Geralmente, ele é desidratado até 1/5 do seu peso e, depois, armazenado. O pirarucu, por exemplo, é um dos peixes que podem ser utilizados para o preparo do prato.
Em Fortaleza, segundo o Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza), o peixe mais em conta para o preparo do bacalhau, nesta Páscoa, é o da espécie saithe, que custa R$ 38,69 o quilo, no Centro.
Comer peixe na Semana Santa
A prática tem muito a ver com o jejum que é incentivado durante a Semana Santa, em substituição ao consumo de carne vermelha. Antigamente, a tradição era comer peixe durante toda a quaresma. No entanto, com as flexibilizações que vieram com o tempo, e com o aumento do preço do bacalhau, o ato se restringiu à Páscoa.