Número de casos de síndrome gripal no Brasil é o menor desde o início da pandemia, diz Fiocruz

Evolução de casos em crianças e adolescentes também tem dado sinais de interrupção ou reversão para a queda

O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados nas últimas semanas, no Brasil, são os menores desde o início da pandemia de Covid-19.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que acompanha os registros, a evolução dos casos em crianças e adolescentes, principalmente, iniciada em meados de julho, tem dado sinais de interrupção ou reversão para queda em diversos estados do país. Além disso, dados laboratoriais não indicam associação desses casos à Covid-19, o que sugere que estejam atuando outros vírus respiratórios comuns ao ambiente escolar.

No entanto, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do boletim InfoGripe, alerta que não é momento de baixar a guarda. Ele lembra, aliás, que os casos de síndrome respiratória costumam aumentar após as festas de fim de ano. “Não podemos afirmar categoricamente se vamos ter um final de ano tranquilo dessa vez, porque ainda estamos aprendendo com a Covid. Ela ainda não mostrou um padrão claro de sazonalidade. Por isso, é importante estarmos atentos", afirmou.

Os dados consideram a semana epidemiológica 36, que equivale ao período entre os dias 4 e 10 de setembro.

Oscilação 

O estudo aponta ainda que, das 27 unidades federativas, Ceará, Amapá, Espírito Santo e Roraima apresentam sinais de crescimento dos casos de SRAG na tendência de longo prazo. O sinal é compatível com a oscilação em torno do patamar estável.

A capital cearense, Fortaleza, também aparece entre as capitais com tendência de crescimento. Além dela, integram a lista: Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Teresina (PI).

Prevalência de Covid-19

O boletim InfoGripe aponta ainda que, dos casos positivos de síndrome gripal neste ano de 2022, a maioria (94,3%) foi provocada pelo Sars-COV-2, o vírus da Covid-19.