Juliana Schmidt, 32, que está sendo acusada de tentativa de homicídio por atropelar quatro pessoas, virou réu em São Paulo, nesta quarta-feira (18). A mulher alega que engatou a ré por engano e está sendo injustiçada. Ela teve a prisão preventiva decretada nessa quinta-feira (12).
O promotor de Justiça Severino Barbosa disse, em denúncia, que o crime foi praticado com as qualificadoras de motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas e com emprego de meio que representou perigo comum, pois, além das quatro vítimas, a denunciada poderia ter atingido qualquer outra pessoa que estivesse passando pelo local. A filha de Juliana também estava no veículo no momento da colisão.
Conforme relato das vítimas, em depoimento, Juliana teria as ameaçado de morte e "jogado" o carro para cima delas.
Entenda o caso
A confusão entre a mulher e as vítimas foi flagrada por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver a mulher discutindo com clientes do estabelecimento após ter parado seu carro em vaga privativa do local. Em seguida, ela acelera o veículo para frente e para atrás, visando atingir as vítimas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Juliana se envolveu em uma briga por ter estacionado seu carro numa vaga que seria exclusiva para clientes de um salão de beleza.
O proprietário do estabelecimento teria parado o veículo em frente ao dela, fechando a saída e impedindo que ela conseguisse tirar o carro. Ao tentar manobrar, apesar de não haver espaço, ela acabou batendo em outro veículo estacionado.
Foi então que a discussão começou e ela deu marcha à ré, atingindo as vítimas. Conforme as imagens, a mulher acelerou novamente e bateu em mais dois carros. Depois, um homem agiu rapidamente para retirar a chave do contato no momento em que o veículo parou.
Juliana alegou que não teve culpa pelo ocorrido e ficou "apavorada". "Todo mundo veio para cima de mim, dez pessoas para cima de uma", disse.